Diferenças de projetos políticos, que estiveram presentes no primeiro turno, ficam ainda mais evidentes no segundo turno das eleições presidenciais. Em relação à Petrobrás, alternativas em disputa remetem aos modos como os governos FHC e Lula/Dilma trataram o setor petróleo. O primeiro flexibilizou o monopólio estatal e quase mudou o nome da companhia para atender aos interesses estrangeiros. Os segundos recuperaram a empresa e o setor naval.
“A fórmula é conhecida: criticar um serviço ou empresa pública à exaustão, desqualificar seu quadro de pessoal, suas escolhas, conquistas e lucros. Mobilizar a mídia para que a “opinião pública” ache que a empresa em questão é uma chaga para o país. Aí, é só chegar ao poder, desmantelar a empresa e entregá-la para o capital estrangeiro e para as multinacionais e pronto: neoliberalismo 1.0 em sua essência. Talvez nem todos se lembrem dessa fórmula — afinal, há 12 anos a abordagem do governo é outra —, mas a PetroBrax é bem difícil de esquecer”.
A abordagem acima é da campanha da presidenta Dilma Rousseff, ainda no primeiro turno, se referindo à estratégia de desgaste a que é submetida uma empresa como a Petrobrás a cada eleição. Para o Sindipetro-NF, a explicação não poderia ser mais clara, pois é exatamente o que testemunham, internamente, os petroleiros.
Por isso, a categoria aprovou em congressos regionais e nacional, de forma democrática e transparente, o empenho pela manutenção de uma política que tem valorizado a Petrobrás, o setor petróleo e deixará como legado as riquezas do pré-sal para a educação e a saúde dos brasileiros.
Agora, no segundo turno, as diferenças de projetos políticos estão ainda mais nítidas. De um lado está a Petrobrás da P-36, do sucateamento, da quase privatização e do episódio PetroBrax — quando, em 2001, no segundo governo FHC, a empresa chegou a anunciar que adotaria um novo nome e uma nova marca, e teve que voltar atrás após a reação da sociedade. Do outro está uma Petrobrás ainda com muitos problemas, mas que ampliou a sua atuação, descobriu o pré-sal, revitalizou o setor naval e segue orgulho dos brasileiros.
Experientes, petroleiros não se deixam levar por denúncias oportunistas, e não se confundem com gestores que tenham incorrido em erros e em corrupção. Para estes, a FUP e os sindicatos defendem apuração e punição. Para o País, uma Petrobrás cada vez mais forte.
Como disse a própria candidata Dilma Rousseff, “não é a Petrobrás empresa quem fez o mal-feito. A Petrobrás é formada por funcionários e trabalhadores extremamente qualificados e que orgulham esse pais. Quem tenta desqualificar a Petrobrás está no caminho indevido”.
Fonte: Editorial do Nascente, boletim semanal do Sindipetro NF