O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo informou que 45% a 50% dos funcionários aderiram à greve da categoria. A paralisação teve a duração de 24h. Já os Correios informam que 9% dos trabalhadores estão parados.
“A paralisação parcial e temporária, que ocorre apenas em São Paulo e no Tocantins, é injustificada, pois a entidade participa da Mesa Nacional de Negociação Permanente, em que empresa e sindicatos reúnem-se mensalmente e já firmaram diversos acordos em benefícios dos trabalhadores”, diz a empresa em nota divulgada hoje.
Os trabalhadores reivindicam a ampliação das escoltas armadas para acompanhar o trabalho em regiões de risco, o fim da exigência de realização de horas extras e a extinção do atual Sistema Distribuição de Encomendas. Para os empregados, o sistema tem provocado sobrecarga de trabalho.
Segundo Edilson Pereira, diretor do sindicato, esta sobrecarga não permite que os carteiros consigam terminar o serviço ao fim do dia. “A empresa não quer que volte (com sobras de encomendas), não interessa a limitação física e de horário. A justificativa não é considerada e a empresa pune com advertência e suspensão”, declarou.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que já foram implementadas medidas para proteger seus empregados, como a escolta armada, entrega diferenciada de encomendas em áreas de risco e rastreamento de veículos e encomendas. “A empresa também já está implantando o uso de chips nas bolsas dos carteiros e mantém, desde o final de 2013, parceria com a Polícia Federal para reduzir a ocorrência de assaltos”, diz a nota.
Os empregados, segundo a empresa, são convocados na forma da lei, recebendo remuneração extra, e as alterações do Sistema Distribuição de Encomendas estão sendo discutidas na Mesa Nacional de Negociação Permanente, da qual o sindicato faz parte.
Representantes do sindicato estão reunidos com a empresa e com o superintendente regional do Trabalho, Luiz Antônio de Medeiros, para tentar uma conciliação, na sede da Superintendência, no centro da capital. Neste momento, os trabalhadores caminham até a Praça do Correio, no Vale do Anhangabaú.