No dia 10/10/14 morreu o trabalhador José Ricardo da Luz Carreira, 52 anos, morador de Ribeirão Preto, S.P, que prestava serviço para empresa DIMAM, quarteirizada da empresa ALSTSOM, que esta responsável pela Parada de Manutenção da Turbina TG-31, da Usina Termelétrica Governador Leonel Brizola.
Ocorre que o referido contratado começou a passar mal durante a sua jornada de trabalho, aproximadamente às 2:30 h da manhã do dia 10/09/2014, e logo depois de se manifestar, foi aconselhado a descansar um pouco até que chegasse o fim de sua jornada, para que o mesmo pudesse procurar atendimento médico adequado.Por volta das 5:00 h da manhã do mesmo dia, alguns empregados foram ao banheiro, devido ser o fim do expediente, e acharam o trabalhador desacordado/morto e logo acionaram a equipe de saúde contratada da Alstom. Não houve nenhuma tentativa de ressuscitação por parte da equipe de saúde da Parada de Manutenção, que não tinha médico, simplesmente optaram em transferir, em ambulância, o corpo para o hospital.Exatamente às 5:16 h do mesmo dia o companheiro, já morto, deu entrada no Hospital Adão Pereira Nunes em Saracuruna, Duque de Caxias.
Depois de constatado a morte do trabalhador, de fato, pelo médico, boletim nº 81587/2014, o próximo evento foi à remoção do corpo para o IML e assim fazer a perícia no local onde foi encontrado o corpo e emitir o laudo atestando a causa morte do trabalhador. Cabe informar que a perícia foi realizada na parte da tarde, no mesmo dia do falecimento da vítima.
Reunião com o Gerente Geral das UTE´s, Sindipetro Caxias e FUP
A direção do Sindipetro Caxias compareceu a UTE-GLB, no dia 12/09, para conversar com a gerência local e depois fazer uma reunião com os trabalhadores para analisar o ocorrido. Na parte da noite, a direção do Sindipetro Caxias e o Secretário de SMS da FUP se reuniram com o Gerente Geral das UTE´s, no EDISE. Nesta reunião o Sindipetro Caxias apresentou as seguintes reivindicações, após um amplo debate sobre a morte do trabalhador:
– Suspensão imediata dos serviços da Parada da turbina, até que seja apurada a ocorrência;
– Que a CIPA possa analisar o evento, para saber se foi acidente de trabalho ou não, bem como para prevenir novas situações similares;
– Que a empresa constitua um GT com a participação do Sindipetro Caxias;
– Que a Operação seja informada do objetivo da Parada de Manutenção e que tenha reforço de um operador por grupo para acompanhar os serviços;
– Que quando houver necessidade de modificação de jornada em Parada de Manutenção ocorra uma negociação com o Sindipetro Caxias, tendo em vista não haver Acordo Nacional de Parada de Manutenção ainda;
– Contratação de UTI móvel para apoio a Parada (obrigado a ter médico);
– Que tenha o reforço de um Técnico de Manutenção/Inspeção de Equipamentos 24 horas durante os serviços da Parada, evitando que os empregados contratados executem serviços sem supervisão do empregado próprio;
– Que a Petrobras tenha médico 24 horas para atender emergência nas empresas do sistema em Duque de Caxias; REDUC, UTE-GLB e TECAM.
Obras na UTE-GLB: A Petrobras está reformando a torre de refrigeração T-02 num contrato de R$ 8 milhões, porém ocorre que o piso superior de madeira esta podre e oferece risco além da escada de acesso não ter condições de segurança. O Sindipetro Caxias solicitou a interdição destes locais e a reforma. A Petrobras relatou que não é possível aditivo neste contrato, mas que está providenciando licitação para as reformas propostas.
No dia 16/09, haverá nova reunião do Sindipetro Caxias com o Gerente Geral da UTE´s e o novo gerente da UTE-GLB para analisar os desdobramentos.
Fonte: Sindipetro Duque de Caxias