Mais um vazamento na Rlam traz à tona insegurança da unidade

Sindipetro-BA

Na sexta (9), por volta das 20h, ocorreu um grande vazamento de gás etano pelo topo da E-674 – torre que retira o etano da corrente de GLP – com pressão de 25 kgf/cm², quase gerando uma dos piores acidentes da história do Refino no Brasil.

 

Denúncia grave de operadores da U-6: esse vazamento ocorreu porque um “vent” (equipamento utilizado durante a purga com vapor para limpeza e liberação da torre, antes de paradas de manutenção) do topo dessa torre se rompeu, fazendo com que toda a coluna de gás inflamável da E-674 fosse despressurizada e lançada para a atmosfera.

 

O desespero dos operadores da U-6 foi tão grande que se ouvia no rádio transceptor os gritos de: “a unidade está com gás”, “cuidado, a área está cheia de gás”, “está tudo branco de gás”.

 

Isso porque o gás estava sendo lançado para a atmosfera e se concentrando nas partes mais baixas da unidade, por ser mais pesado que o ar. Por sorte dos técnicos de operação e técnicos de segurança que atuavam na emergência, a nuvem de gás inflamável não entrou em combustão porque não encontrou uma fonte de ignição ou calor por onde passou.

 

Nesse caso, a direção dos ventos foi favorável aos companheiros que estavam no “olho do furacão”, pois não levou a nuvem de gás para a área quente da unidade, onde se encontram as caldeiras.

 

Como medida para evitar uma verdadeira catástrofe, a Segurança Industrial, junto com a Segurança Patrimonial, fez a evacuação da U-80 e bloqueou vias internas para evitar o trânsito de veículos na área industrial da refinaria.

 

O vazamento só foi controlado por volta das 21h50, depois de toda a coluna de gás da torre E-674 ter ido para a atmosfera.

 

Mais uma vez, uma circunstância ligeiramente diferente evitou a morte de operadores e técnicos de segurança, que compõem a primeira brigada de emergência, devido a falta de segurança no processo e na baixa integridade das instalações da Refinaria Landulfo Alves.

 

Essa é mais uma de muitas denúncias que recebemos dos petroleiros da RLAM, que vivem receiosos do trabalho nessa unidade. Infelizmente, a gerência não comunicou ao Sindipetro Bahia esse vazamento, descumprindo o acordo firmado na mesa de negociação