“Houve finais de semana que chegamos a noticiar cancelamentos de mais de 300 voos. Estimamos que tivemos uma média de 40 voos transferitos nos três aeroportos por dia. Em 25 dias, já teríamos os mil voos. Vamos solicitar os números exatos à Petrobrás, mas seguramente eles estarão, no mínimo, neste patamar”, afirma o coordenador de Comunicação do NF, Marcos Breda.
Além dos transtornos provocados pela falta de planejamento e de infraestrutura para suportar as, muitas vezes, necessárias transferências de voos, os petroleiros enfrentam problemas com helipontos nas plataformas, como é o caso de PRA-1. Nesta unidade, o heliponto está interditado deste a quarta, 13, pela Marinha. Os trabalhadores estão descendo no FPSO Cidade Macaé e, de lá, após viagem de barco de meia hora, fazem o embarque por meio de cesta.
Situação semelhante acontece no FPSO Marlim Sul, que está sem heliponto após o choque com o navio-tanque Cartola no dia 1º de junho. Os petroleiros desta unidade também estão sendo embarcados e desembarcados por meio de cesta, o que é altamente arriscado.
O Sindipetro-NF solicitou reunião com a gerência da USTA (Transporte Aéreo) para discutir estas questões, mas recebeu formalmente como resposta um pedido para que aguarde uma mudança de gerentes, que deve ocorrer em 20 dias. Para a entidade, um assunto de tamanha urgência não poderia ficar sem tratamento em razão de uma troca na gerência. O correto, para o NF, é que o assunto tenha continuidade institucional no seu acompanhamento. A resposta, no entanto, não surpreende ao sindicato, uma vez que o caos aéreo na região se dá justamente em razão dos sucessivos desleixos da empresa.