Imprensa da FUP
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), José Eduardo Dutra, afirmou nesta sexta-feira, 04, durante sua participação na II Plenafup, que o PSDB tinha, sim, a intenção de privatizar a Petrobrás, “fazendo que nem mingau, comendo pelas beiradas. Ele lembrou que quando assumiu a presidência da estatal, em 2003, no planejamento estratégico da empresa, constava a venda das fábricas de fertilizantes (Fafen) em Sergipe e na Bahia. Dutra também afirmou que o plano do PSDB era também de vender a Reduc (Refinaria de Duque de Caxias).
O presidente do PT chegou a desafiar o PSDB para um debate aberto sobre a privatização da Petrobrás, revelando que tem informações concretas sobre os planos dos tucanos de venda da empresa pelas beiradas. “São fatos e dados, não é palavra vazia como eles (os tucanos) fazem conosco”, declarou. As afirmações de José Eduardo Dutra foram feitas na presença da ex-ministra Dilma Rousseff, durante a sua participação, sexta-feira, 04, na II Plenafup, para saudar os petroleiros e receber as propostas e reivindicações da categoria referentes à indústria nacional de petróleo.
“Não temos que ter vergonha de ser nacionalistas”, declarou a pré-candidata do PT à eleição presidencial, citando a tentativa do governo do PSDB de mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax. “Eles não queriam só trocar o ´s` pelo ´x`, queriam transformar o ´s` de Brasil em ´z`”, declarou. Ela também lembrou que os neoliberais na Argentina venderam a estatal de petróleo YPF por 16 bilhões de dólares. “Eles afirmavam na época que a Petrobrás seria também vendida por um valor semelhante”, disse.
Dilma ressaltou que os petroleiros sempre estivem a postos, em defesa da Petrobrás, resistindo aos tucanos que afirmavam que a empresa era um dinossauro e estava em extinção. “Por isso, eu falo como o presidente Lula disse quando lançou o pré-sal: benditos aqueles amigos do dinossauro que resistiram, lutaram, deram a volta por cima e descobriram o pré-sal. Benditos aqueles que construíram nosso futuro”, ressaltou a ex-ministra.
Outro fato relembrado por Dilma foi a “estarrecedora” avaliação dos tucanos e demos em 2002, durante a eleição presidencial, de que a Petrobrás não podia fazer refino de óleo e que a indústria naval no país não poderia voltar à tona. “Não é estarrecedor que dissessem que nesse país, que tem minério de ferro e siderurgia, que nós éramos incapazes de fazer o casco de um navio? Diziam que éramos incapazes de fazer o casco e que, por isso, tínhamos que ficar condenando a indústria naval a ter apenas grama no chão e apenas dois mil trabalhadores. Hoje tem 45 mil”, comemorou a petista.