Imprensa da FUP
A luta para garantir que os recursos do pré-sal sejam utilizados em benefício do povo brasileiro e não apropriados pelas empresas privadas tem sido um dos pontos de destaque das mesas de debates e intervenções dos petroleiros nesta PlenaFUP. A soberania, assim como a unidade da classe trabalhadora, são os principais eixos da plenária, que debate também ações para garantir a saúde e segurança dos petroleiros e contra a criminalização dos movimentos sociais.
Na solenidade de abertura da Plenária, todos os convidados que participaram da mesa destacaram a importância da unidade na luta para garantir o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras de petróleo e gás. O representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Carlos Henrique Vieira, ressaltou que a realização da plenária em um assentamento do MST “é um passo importante na renovação da história de unidade da classe trabalhadora”, destacando que essa aliança deve ser fortalecida na luta em defesa do pré-sal.
“O pré-sal talvez seja a última e maior reserva natural do planeta. Todos os capitalistas do mundo virão aqui tentar pegar nosso petróleo, pois sabem que este é um recurso fundamental para financiar a saída deles desta crise mundial”, enfatizou João Pedro Stédile, da Coordenação Nacional do MST. Ele também ressaltou que a unidade de classe será decisiva para garantir a soberania popular sobre estes recursos. “Precisamos estar unidos, trabalhadores do campo e da cidade, junto com os movimentos sociais, populares e estudantis para garantir que o nosso petróleo seja apropriado pelo povo brasileiro e não pelas aves de rapina, que são as grandes corporações”, declarou.
A soberania energética voltou a pautar os debates no segundo dia da PlenaFUP. Duas das mesas temáticas da manhã de sexta-feira, 03, tiveram como foco a necessidade de uma nova lei do petróleo para restabelecer o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras: “A história de um roubo: a destruição do monopólio estatal e as concessões do petróleo e gás” e “América Latina: recursos energéticos e soberania popular”.