O Diretório Nacional do PT, reunido em Fortaleza, no Ceará, aprovou no sábado (29) resolução que firma a posição do partido no combate à corrupção. No documento, o PT mostra-se favorável ao prosseguimento da investigação de denúncias de corrupção na Petrobras, dentro dos marcos legais e sem partidarismo.
“Temos o compromisso histórico de combater implacavelmente a corrupção”, salientou o presidente da legenda, Rui Falcão. “Mostramos atitudes já tomadas em contraste com o silêncio sepulcral dos tucanos, sendo no governo de Fernando Henrique Cardoso, nos 20 anos em São Paulo ou nos 12 anos em Minas Gerais”, explicou.
Falcão ressaltou que petistas comprovadamente envolvidos em ilícitos da Petrobras serão expulsos da legenda. “Concluídas as investigações, queremos que os corruptos sejam punidos. Se houver alguém do PT implicado com provas, ele será expulso”, adiantou.
Na resolução aprovada pelo diretório, os petistas afirmam que o partido tem o desafio de reafirmar sua liderança no combate à corrupção sistêmica no Brasil. “Foi durante os governos Lula e Dilma que se estabeleceram, como políticas de Estado, as principais políticas de combate à corrupção”, diz trecho da resolução.
Em outra parte, o documento aprovado pelo Partido dos Trabalhadores revela a “disposição firme e inabalável” de combater o problema. “Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção deve ser imediatamente expulso, como já afirmou publicamente o presidente do partido. Ao mesmo tempo, aprofundaremos a luta pela reforma política, em particular pela proibição do financiamento de candidaturas eleitorais por empresas.”
Na entrevista, Rui Falcão acrescentou que a abertura do diálogo por parte da presidenta Dilma Rousseff já está concretizada . “A disposição da presidenta foi materializada de forma muito direta e correspondeu às expectativas que a direção do partido tinha sobre o comportamento dela em relação à sociedade e aos partidos”, assinalou o presidente do PT.
Reafirmações
Na prévia da resolução política debatida em Fortaleza, o partido defende a agenda reivindicada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), com o pedido de fim do fator previdenciário e a implantação de jornada de 40 horas sem redução dos salários.
O PT também reforça a importância de um novo pacto federativo e de mudanças constitucionais para garantir segurança e saúde pública de qualidade. No entanto, para a cúpula do partido é imprescindível a participação popular nas reformas pretendidas.
De acordo com o documento prévio, é preciso garantir continuidade no processo de democratização da economia e da sociedade, promovendo inclusão social e distribuição de renda. Além disso, a legenda defende a reforma e desburocratização do Estado, a fim de garantir melhores condições de vida para a população.
Entre outras propostas feitas no documento estão a garantia de prioridade nas ações de comunicação por parte do partido e o relançamento da campanha pela reforma política. O PT também saiu em defesa da melhoria na oferta dos serviços públicos como educação, transporte, segurança e saúde.
Além disso, durante as reuniões, o PT reforçou o compromisso em promover uma “grande festa popular” no dia 1º de janeiro, data da segunda posse da presidenta Dilma.
Fonte: Rede Brasil Atual