Diretor da Secretaria de Formação Sindical da FUP, Daniel Samarate está na direção da Federação desde 2005. Sua militância sindical, no entanto, vem desde os anos 80, quando foi diretor do Sindipetro Pará por quatro mandatos consecutivos. Em 1995, foi um dos líderes da histórica greve de maio e assumiu neste ano a primeira direção da FUP. Aposentado desde 1999, participa das lutas em defesa da Petros e dos direitos dos aposentados e pensionistas. Na disputa eleitoral para o Conselho Fiscal da Fundação, conquistou, ao lado de Jorge Silva, 10.428 votos.Nesta entrevista, ele agradece aos eleitores e ressalta a imortância desta experiência e do envolvimento dos participantes e assistidos na luta sindical e na gestão da Petros.
Qual a sua avaliação sobre a campanha da Eleição aos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros?
Do ponto de vista de mobilização foi muito positivo, mesmo levando em consideração o curto prazo de tempo que tivemos para realizar uma campanha nacional, com o eleitorado de 145 mil participantes e assistidos do Plano Petros. Por causa disso, alguns eleitores enfrentaram dificuldades no processo de votação por telefone, pelo sistema de intranet da Petrobrás e pela internet. Em geral, a campanha foi produtiva e garantiu a vitória dos candidatos apoiados pela FUP ao Conselho Deliberativo da Petros.
Quantos estados a Chapa Unidade Nacional em Defesa da Petros percorreu durante a campanha e como foi a receptividade dos assistidos do Fundo de Pensão em relação às propostas apresentadas?
Percorremos todos os estados do país, visitando locais de trabalho do Sistema Petrobrás, aeroportos onde ocorrem embarques e desembarque para plataformas, terminais, refinarias, ou seja, todos os locais de trabalhos operacionais e administrativos. Durante toda campanha, fomos muitos bem recebidos, com a devida atenção e seriedade que a conjuntura exigiu.
Você e o companheiro Jorge Silva concorreram ao Conselho Fiscal, com a Chapa 32, que não foi eleita, mas teve uma votação expressiva, com 10.428 votos, representando 36% dos votos válidos. Qual a sua avaliação a respeito deste quadro?
Posso afirmar que a votação expressiva que tivemos foi atribuída ao fruto do nosso empenho na campanha, que nos exigiu muito trabalho. Acredito que o diferencial desta campanha foi a nossa presença nas bases, onde apresentamos propostas concretas e pedimos votos cara a cara com os trabalhadores.
Esta eleição da Petros teve uma participação mais significativa dos aposentados, pensionistas e trabalhadores da ativa, se fizermos comparações com as eleições anteriores?
Sim, sem dúvida. Mas ainda tem muito a melhorar, principalmente em relação aos trabalhadores da ativa.
Qual a importância do envolvimento dos assistidos do Plano Petros na escolha de seus representantes para o Fundo de Pensão?
O envolvimento de todos participantes e assistidos do Plano Petros é de suma importância para o Fundo de Pensão e seus conselheiros, porém, ainda existe a necessidade de esclarecer muitas questões mais específicas para que haja o real entendimento sobre o Plano.
Qual o recado que você, como petroleiro aposentado, diretor da FUP e militante há mais de três décadas, tem pra deixar aos trabalhadores que acreditam na continuidade da consolidação do segundo maior Fundo de Pensão do país, através da participação ativa dos Conselheiros apoiados pela FUP?
Que todos os participantes, ativos, assistidos ou pensionistas, continuem entendendo a importância do Plano Petros para as suas vidas e de suas famílias e, que valorizem e apóiem os conselheiros que tenham compromisso com os seus interesses. Um deles é a manutenção do fundo superavitário.