De 45 plataformas da Bacia de Campos, 30 participaram, no dia 08, da Operação Padrão indicada pelo sindicato. No dia 09, o número de adesões subiu para 38 na mobilização de Parada de Emissão de PTs e de realização de serviços rotineiros. São números muito elevados e refletem a indignação da categoria em relação à ausência de resposta da Petrobrás em relação às clausulas de segurança e sociais do ACT, à insuficiência das contrapropostas econômicas, ao desrespeito no modo como ignora a reivindicação da volta das Dobradinhas e, sobretudo, ao acinte de manter punidos trabalhadores que exerceram o direito de greve em março passado.
Como registrou documento “Aos companheiros da Bacia de Campos” na segunda, 9, se a Petrobrás tinha alguma dúvida acerca da capacidade dos petroleiros de se articularem rapidamente em formatos surpresa de mobilização, esta dúvida terminou.
“Como previram os Seminários de Greve realizados pelo Sindipetro-NF, o fato de não saber exatamente quando, e de que modo, será a próxima mobilização da categoria está deixando atônitas as gerências. Ultrapassando as suas prerrogativas, houve até gerência que reuniu os trabalhadores para pedir que aceitassem a contraproposta da empresa, em uma patética tentativa de desmobilizar os trabalhadores”, avaliou o sindicato.
E são infinitas as possibilidades de combinações entre diferentes formas de mobilização. Muita surpresa ainda aguarda a Petrobrás. Mas, no entanto, que a companhia não se engane: caso insista em sua política de desrespeito ao trabalhador, os petroleiros partirão para a mais tradicional e contundente forma de protesto, a greve por tempo indeterminado, com parada de produção.
O movimento sindical petroleiro, no entanto, espera que um mínimo de bom senso se apodere da gestão da companhia e que ela aproveite o prazo dado pela FUP para voltar atrás em sua empáfia. A Federação aguarda para o próximo dia 16 uma retomada nas negociações. E para, no máximo até o dia 18 também de novembro, a apresentação de uma nova contraproposta, desta vez atendendo às reivindicações da categoria.
Os petroleiros não exigem nada além do que têm direito: segurança, respeito à autonomia de organização sindical e valorização pelo relevante trabalho no qual se empenham. É hora de a Petrobrás recuar em sua mesquinhez e arrogância.