CUT 24 anos: Milhões aniversariam


Os 24 anos da CUT é uma data a ser comemorada para além de seu núcleo dirigente e até mesmo de seus 7,6 milhões de militantes filiados.

Somos uma entidade fundamental, desde sua gênese, para a democracia brasileira e para o protagonismo dos trabalhadores. Diversas questões essenciais para a sobrevivência e melhoria de vida de quem tem apenas a força de trabalho como sustento foram incluídas nos debates brasileiros a partir da inquietude e da mobilização permanente da CUT. Muitos avanços foram consolidados como fruto de nossas lutas.

No calor das lutas, construímos convicções sólidas e tivemos também de lidar com nossas contradições. Vários acertos foram registrados – e o número de adesões que registramos e de adversários que criamos é um termômetro inequívoco dessa trajetória.

Somos jovens, sim, mas estamos já distantes da adolescência. Temos tido sempre coragem de encarar desafios sem temer as diversas fábricas de rótulos espalhadas por aí. Não almejamos um estado de pureza infantil, que a tudo critica mas que nada ou quase nada faz. Tampouco somos seduzidos por cantos de sereia de melodia fácil e imediatista.

Lutamos, incomodamos, apontamos injustiças e problemas mas também formulamos propostas para solucioná-los. Jamais ficamos pelo caminho.

Lideranças vêm e vão, e a CUT permanece porque é resultado de um debate e de ações coletivos, a despeito de todo o esforço e temperança que isso exige. Democracia de verdade é coisa de gente grande. A CUT é grande, madura, corajosa.

Parabéns a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Para aqueles que têm na CUT uma referência política de luta e para aqueles que ainda a terão. Para aqueles que participam das mobilizações – como o recente Dia Nacional de Luta e a Marcha das Margaridas – e para aqueles que acompanham de longe, torcendo a favor e defendendo nossas posições nos locais de trabalho, na vizinhança e na família. Para todos que compreendem a importância da sindicalização, e para aqueles que ainda devem ser conquistados. Nossas lutas, compreendidas ou não, são patrimônio de toda a classe trabalhadora. Hoje, uma breve pausa num dia de trabalho intenso, para comemoração. Amanhã pela manhã, logo cedo, é hora de construir o ano 25 e de intensificar nossa busca por inspiração nos anseios e necessidades imediatas e históricas dos trabalhadores.

Vivam os trabalhadores. Vivam as trabalhadoras