Movimentos sociais preparam estratégias de atuação na Rio + 20

FUP

A menos de um mês para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a CUT, a CTB e os movimentos sociais definem táticas e estratégias de participação  no vento, que reunirá entre os dias 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro cerca de 135 chefes de Estados, além representantes da sociedade civil e  ONGs. O objetivo é debater ações visando o desenvolvimento sustentável do planeta, mas na visão dos movimentos sociais os debates correm o risco de serem pautados pela “economia verde”, ou seja, a mercantilização da natureza.

Batizado de Rio + 20 – em alusão a outra conferência ambiental da ONU, realizada em 1992, também no Rio – o evento na visão da CUT , da CTB e de outros movimentos sociais será um importante espaço político para se discutir um novo modelo de desenvolvimento, produção e consumo, que seja ambiental e socialmente sustentáveis.  As centrais irão jogar peso nos eventos paralelos promovidos pelas organizações populares, como a Marcha dos Movimentos Sociais, no dia 20 de junho, e a Cúpula dos Povos, que funcionará paralelamente à Rio + 20, entre os dias 15 e 23 de junho, como uma alternativa crítica à conferência da ONU.

Outro espaço que será privilegiado pela CUT é o Evento Sindical, entre os dias 10 e 12 de junho, que se debruçará sobre temas como fim da precarização do trabalho, saúde, segurança e previdência social, novos modelos de consumo, sustentabilidade, reforma agrária, direitos sociais, soberania alimentar e energética, sempre sob a ótica do trabalho decente. A CUT também se fará representar na programação oficial da Rio + 20, na condição de membro da CSI (Confederação Sindical Internacional). A FUP também participará dos debates nos eventos da CUT e da CTB, abordando energia, pré-sal e padrão de consumo.