8º Congresso do Sindipetro BA: Em defesa do Sistema Petrobrás, dos direitos da categoria e da liberdade sindical

O  8º Congresso d@s Petroleir@s da Bahia foi encerrado na noite do sábado (30) com a aprovação de uma série de resoluções e compromissos firmados pela categoria  que serão encaminhados à FUP para que possam fazer parte da campanha nacional em defesa do Sistema Petrobrás e dos direitos  dos petroleiros e petroleiras.

Foi consenso entre os congressistas organizar a luta para garantir a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho com reposição da inflação e ganho real, de acordo com o índice do DIEESE.  
O congresso que aconteceu nos dias 29 e 30 de março, no Hotel Portobello, em Salvador, foi marcado por intensas discussões sobre a atual conjuntura econômica e política e os desafios que terão de ser enfrentados pela categoria, que na opinião do coordenador geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, são muitos. “Nunca vivemos em uma conjuntura como essa tão adversa, onde os trabalhadores são tratados pela gestão da Petrobrás e pelo governo de extrema direita de Bolsonaro como inimigos”.

O coordenador da FUP, José Maria Rangel, ressaltou a difícil negociação que está por vir. “Temos várias frentes de combate e nesse ano, a negociação do nosso acordo coletivo será feita em cima de três pilares. Vamos lutar contra: o ataque aos direitos da categoria; o ataque à liberdade sindical e o ataque ao Sistema Petrobrás.

Os 175 congressistas, representando os petroleiros da Bahia, apontaram a necessidade de fazer articulações com as demais categorias organizadas, em especial as do serviço público e das estatais, que estão sofrendo ataques semelhantes aos que têm sido feitos contra os trabalhadores da Petrobrás. Para ampliar a luta  a ideia é buscar o apoio dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada. 

O diretor da FUP, Deyvid Bacelar, ressaltou a necessidade de união dos trabalhadores e a responsabilidade da categoria para tentar barrar o objetivo da atual gestão da estatal e do governo Bolsonaro de acabar com os direitos da classe trabalhadora – no caso dos petroleiros, descontruir um Acordo Coletivo, que foi conquistado no dia a dia com muita luta – acabar com o movimento sindical, com a Petrobras e a soberania nacional.  
  
Economistas, sociólogos, parlamentares, advogados, representantes de movimentos sindicais e sociais, que realizaram palestras durante o congresso foram unânimes em afirmar que o cenário atual, com ataques sucessivos à democracia, é um dos piores da história do Brasil  em termos de retirada de direitos e retrocessos sociais.   
Diante do cenário caótico e ameaçador no qual se encontra o Brasil, o Conselheiro Deliberativo eleito da Petros, Paulo César Martin, fez um alerta: “não dá para os aposentados e pensionistas ficarem assistindo ao jogo da arquibancada.  Eles precisam se juntar aos ativos, Todos vão ter que entrar em campo para jogar”.
      
Ao final do congresso foram eleitos os delegados que vão participar da PLENAFUP e do CONCUT.  

Conheça alguns dos pontos aprovados no congresso:  

– Defender a vida, acima de tudo, e a reposição dos efetivos das unidades do Sistema Petrobrás, através de uma política de SMS com maior participação dos trabalhadores e da realização de novos concursos públicos.
– Defender o Sistema Petrobrás, como uma empresa integrada de energia, e as demais empresas públicas e estatais, lutando contra a privatização e a venda de ativos.
–  Preservar os direitos da categoria petroleira com a manutenção do atual do ACT, reposição da inflação (ICV) e ganho real pelo índice do DIEESE. 
– Propor à FNP uma unificação da Campanha, através de pauta única. 
–  Lutar contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, Defender a proposta do GT Petros do PED alternativo dos Planos Petros (R e NR) e lutar contra o Plano Petros 3.
–  Lutar contra as Resoluções CGPAR 22, 23 e 25.
– Lutar pela liberdade e autonomia sindical, contra a MP 873.
–  Garantir a exploração das reservas de petróleo e gás já concedidas para Petrobrás e o abastecimento de todo o mercado nacional de derivados para a população brasileira a partir do refino nacional com uma política de preços internos baseada nos custos internos da Petrobrás e não no mercado internacional.

[Via Sindipetro Bahia]