[Da comunicação do Sindipetro PR/SC]
Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (07), os trabalhadores e trabalhadoras da Tecnokip que prestam serviços administrativos e operacionais no Terminal Transpetro de Paranaguá (Tepar) deliberaram, por unanimidade, pelo encerramento do movimento grevista.
A decisão foi tomada após a empresa efetuar o pagamento no sábado (05) dos salários de março e as pendências relativas ao atraso dos vencimentos de fevereiro (multa, juros e mora salarial).
Com o fim da mobilização, a expectativa da categoria é que esse episódio seja superado e não voltem a acontecer atrasos salariais.
Outras pendências – Após a resolução dos atrasos e multas, o Sindicato está cobrando da empresa a regularização imediata do plano de saúde e odontológico, que estão com os cadastros dos trabalhadores inativos por falta de pagamento. Outra cobrança urgente diz respeito aos depósitos do FGTS referentes aos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, que ainda não foram creditados nas contas dos trabalhadores. O Sindicato segue acompanhando o caso e exigindo providências.
A atuação sindical também está voltada para as negociações da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) na Tecnokip, tendo em vista que a data-base vence em 1º de maio.
Entenda o caso – O processo de mobilização dos trabalhadores da Tecnokip começou nos primeiros dias de março, após a empresa emitir comunicado de que não conseguiria realizar o pagamento dos salários até o quinto dia útil do mês, descumprindo o prazo legal e contratual. A empresa alegou dificuldades de fluxo de caixa devido a feriados bancários, reestruturação interna e problemas em contratos com a Petrobrás como motivos para o atraso.
Diante disso, os trabalhadores iniciaram uma paralisação no dia 10 de março, que durou duas horas. As atividades foram retomadas após a empresa assumir o compromisso de pagar os atrasados até o dia 12 de março.
Contudo, os salários só foram quitados em 15 de março, após a aprovação de greve, mas ficaram pendentes os valores da multa, juros e mora salarial. Em assembleia no dia 17, a categoria decidiu dar um novo voto de confiança à empresa, diante da promessa do pagamento dos reflexos do atraso junto com a folha de março, ou seja, até o 5º dia útil de abril, o que foi confirmado no último sábado.