7º Congresso Unificado do PR/SC: consciência de classe e unidade para enfrentar novos desafios

[Da imprensa do Sindipetro-PR/SC]

No último fim de semana, em 26 e 27 de junho, os petroleiros e petroquímicos se reuniram via plataforma virtual para construir coletivamente pautas de reivindicações dentro do tema “Democracia, Emprego e Revolução Digital do Trabalho”. Durante todo evento, desde a abertura (leia aqui) até seu desfecho, a tônica da categoria foi que o momento é de unidade.

“Procuramos mostrar o cenário. Trazer equipes técnicas e oferecer todo suporte para construir reivindicações coletivas. Uma coisa é certa, os trabalhadores do Sistema Petrobrás, em sua maioria, não estão satisfeitos com a atual política da empresa”, disse Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro PR e SC.

O alinhamento com a base foi responsável por construir itens de reivindicações dos petroleiros que serão levados ao XVIII Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros na segunda quinzena deste mês.

Encaminhamentos

A programação de sábado (27) começou pela manhã com uma rodada de abordagens (leia aqui) sobre os temas do Congresso. Foram aprofundados itens como o Acordo Coletivo de Trabalho, o momento dos trabalhadores do Sistema Petrobrás e a conjuntura para fora das fronteiras da estatal.

Depois os participantes se reuniram em salas virtuais específicas para os Grupos de Trabalho. Após os estudos e proposições, já no período da tarde, foram aprovados os encaminhamentos e os delegados para o CONFUP eleitos.

Confira alguns destaques

:: Os trabalhadores afirmam que a negociação tem que respeitar os ritos históricos da FUP para construção das pautas (primeiro nos Congressos Regionais, no Congresso Nacional e depois será levado os itens nacionalmente definidos);

:: Luta permanente pela manutenção de todos os direitos dos trabalhadores e não permitir que a atual gestão dificulte a organização sindical;

:: Entendimento que o teletrabalho é um desafio real. Uma “modalidade” que pela primeira vez é massificada na empresa e deve ser intensamente fiscalizado. Trata-se de uma nova fronteira de lutas por direitos e se tornou um tema relevante;

:: AMS/PETROS => os trabalhadores farão oposição aos planos de privatização da Petrobrás e dentro deste contexto está a luta pela manutenção da Assistência Multidisciplinar de Saúde (AMS) para ativos, aposentados e pensionistas da estatal;

:: Defesa inegociável da democracia e das bandeiras de lutas contra as privatizações dos setores públicos e se somar a outras categorias criando participações mais amplas;

:: Denunciar na mídia e nos canais oficiais das entidades de classe os desmandos da atual gestão da empresa;

:: Fortalecer o trabalho de base, realizar campanhas de comunicação e diálogo com a sociedade.

Moções

:: Aprovada moção de anistia aos trabalhadores petroquímicos da Araucária Nitrogenados S/A (Ansa) e de retorno do funcionamento da Fafen-PR;

:: Aprovadas moções de repúdio às medidas da Petrobrás no combate à pandemia; à postura diante das vítimas da Covid-19 na estatal; assim como em solidariedade às famílias e aos profissionais da saúde no combate ao novo coronavírus.

Ao final do 7º Congresso Unificado dos Petroleiros e Petroquímicos os trabalhadores tiveram que ativar o áudio do computador ou do smartphone para ter um pouco mais de proximidade e escutar os aplausos dos participantes. Reflexo das adequações que a classe trabalhadora faz para cumprir seus cronogramas de atividades. A conclusão, após dois dias de debates e palestras, é que com unidade e formação política se constrói a resistência permanente contra o autoritarismo da atual administração da Petrobrás.

A organização agradece todas e todos os participantes do Congresso Unificado, em especial às assessorias que vieram para ajudar nos Grupos de Trabalho: o advogado Adilson de Oliveira Siqueira (Escritório Normando Rodrigues Advogados e Associados); o advogado Sidnei Machado (assessor jurídico do Sindipetro PR e SC); os dirigentes André Santana (Sindipetro BA), Rafael Crespo (Sindipetro NF) e Norton Almeida (Conselheiro PETROS); e ao companheiro “Luizinho”, Luiz Antônio Alves de Azevedo (CUT-Nacional).