5 de junho: Não há cuidado com o Meio Ambiente sem uma transição energética justa

É preciso pensar a pauta ambiental da perspectiva da classe trabalhadora, uma perspectiva que defenda a vida em todas as suas dimensões. A FUP e seus sindicatos defendem o desenvolvimento sustentável e com responsabilidade ambiental, o que passa, necessariamente, por uma transição energética justa

[Da imprensa da FUP*]

Neste cinco de junho, celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. Vivemos momentos de crise ambiental, onde o cuidado com o planeta se faz cada vez mais presente como prioridade da agenda mundial e é foco de debate no mundo inteiro.

O tema da campanha mundial deste ano é o combate à poluição plástica, um problema gravíssimo em todo planeta. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente no mundo e os oceanos são os maiores depósitos de lixo desse material.

Em uma estimativa recente, a 5 Gyres Institute, organização sem fins lucrativos que investiga questões relacionadas à poluição plástica, revelou que o lixo plástico no oceano já soma 170 trilhões de partículas. Isso representa cerca de 2,3 milhões de toneladas de plásticos depositadas nas águas dos mares.

A poluição por plástico causa sérios impactos ao meio ambiente e é um problema que nós, brasileiros, devemos nos preocupar ainda mais. O Brasil, de acordo com estudo do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), é o quarto maior produtor de resíduo plástico do mundo – fica atrás apenas dos Estados Unidos, da China e Índia -, e um dos países com menor índice de reciclagem plástica, só 1,2%.

Transição energética é urgente

Por mais urgentes que sejam as questões relacionadas ao Meio Ambiente e às mudanças climáticas, as trabalhadoras e os trabalhadores da indústria petrolífera brasileira ainda estão à margem do debate que vem sendo realizado em nível global, por meio de organizações mundiais, como a própria ONU, e fóruns internacionais, com participação de entidades sindicais.

Por ser um dos setores da economia que mais contribui para a emissão de gases de efeito estufa, a indústria petrolífera está com os dias contados? É possível reestruturar o setor a partir da transição energética? Qual o impacto que os trabalhadores terão?

Toda a organização sindical petroleira precisa se apropriar desse debate e despertar também o interesse dos trabalhadores nas bases. A FUP e seus sindicatos estão atuando para pressionar a Petrobrás a liderar a transição energética de forma justa e envolvendo os trabalhadores nas decisões.

É necessário pensar a pauta ambiental de uma perspectiva da classe trabalhadora, uma perspectiva que defenda a vida em todas suas dimensões. A FUP e seus sindicatos defendem o desenvolvimento sustentável e com responsabilidade ambiental e seguirão na luta por uma transição energética justa.

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*Com informações do Blog da Rosângela Buzanelli