[Da comunicação do Sindipetro RN]
O Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO-RN) realizou no último sábado, 5 de julho, o 40º Congresso Estadual da categoria (CEPETRO-RN), no município de Guamaré. Com o tema “Petróleo e Energias Renováveis: Novas Fronteiras para o Desenvolvimento Sustentável do RN”, o evento foi um espaço de intensa mobilização política e debate estratégico, diante do cenário de transição energética e do rebaixamento dos direitos trabalhistas.
A atividade reuniu dezenas de trabalhadores e trabalhadoras da ativa, aposentados e pensionistas, além de representantes da CUT, CTB, FSM, AEPET, PT, PCdoB, COOPETRO, SINTERT-RN e do governo do Estado do RN. O SINDIPETRO-RN também garantiu transporte gratuito saindo de Mossoró e Natal, além de hospedagem para ampliar a participação da categoria.
Na programação, foram promovidas mesas de debate, com destaque para a participação virtual de nomes como Orido Lima (diretor do SINDIPETRO-RN e da AGERN), Rosangela Buzanelli (representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras) e Francisco Gonçalves, do Sindipetro Unificado de São Paulo.
As discussões giraram em torno da necessidade de revogação das reformas trabalhistas, da cobrança por parte dos sindicatos à bancada política do estado pela retomada dos investimentos da Petrobras no RN, do equacionamento da Petros, da regulamentação legislativa das energias renováveis e das estratégias para aumentar a participação da categoria no movimento sindical e político.
Além das discussões políticas, foram aprovados o regimento interno do Congresso e eleita a delegação que representará o Rio Grande do Norte na 12ª Plenária Nacional da FUP (PLENAFUP), que acontecerá entre os dias 4 e 7 de agosto, na região metropolitana do Recife.
O evento reforçou a urgência de construir um modelo de transição energética justa, sustentável e soberana, que reconheça e valorize os trabalhadores e os territórios produtores, evitando que a mudança de matriz venha à custa do empobrecimento social e do abandono das regiões produtoras de petróleo.
“Precisamos estar organizados para garantir que o desenvolvimento sustentável não seja apenas uma promessa vazia, mas uma realidade que respeite quem construiu a história energética do país”, afirmou o coordenador geral do SINDIPETRO-RN, Marcos Brasil, ao final do encontro.