37 petroleiros mortos, a ferida permanece aberta

A tragédia de Enchova aconteceu em 1984 é uma das páginas mais tristes da história da Petrobrás.
Um vazamento seguido de uma explosão de grandes proporções aconteceu na unidade P-36, na Bacia de Campos, e durante a operação de abandono da plataforma, uma baleeira (embarcação de emergência) caiu com 50 petroleiros a bordo, causando 37 mortes, 19 feridos e muitos trabalhadores marcados para sempre pelo terror que vivenciaram.
É importante lembrarmos de episódios como esse, por mais tristes que sejam, porque nos ajuda a entender o que aconteceu, por que aconteceu e o que podemos fazer para evitar que esse tipo de tragédia se repita. Os trabalhadores devem transformar a triste lembrança em força para lutar por condições seguras de trabalho e se posicionar contra a política de diminuição de postos de trabalho imposta pela atual gestão, que além da negligência e do descaso dos gestores da Petrobrás seguem burlando as normas de segurança e precarizando as condições de trabalho de seus colegas.
O luto completa exatos 33 anos, de lá para cá, foi por meio de muitas denúncias, lutas e greves que a categoria conquistou o direito de recusa e o direito à participação nas comissões de apuração de acidentes e interdições de unidades.