Neste mês de julho os petroleiros comemoram 36 anos de um importante movimento paredista, que ficou conhecido como a Greve de 1983. Em plena ditadura militar, centenas de petroleiros cruzaram os braços para lutar contra o arrocho salarial, a manipulação do INPC, o Decreto-lei nº 2.036 e contra o acordo com o FMI.
Apesar de toda a repressão policial, os petroleiros da RLAM (BA) e da REPLAN (SP) decidiram paralisar suas atividades, desafiando a Lei de Segurança Nacional, ao parar a produção das duas refinarias.
O movimento dos petroleiros foi o estopim para a primeira greve geral no Brasil, decretada após o golpe militar de 1964, e que parou o país no dia 21 de julho de 1983, abrindo caminho para a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Apesar da intervenção do governo no Sindicato dos Petroleiros da Bahia e das demissões de centenas de trabalhadores – em Paulínia, foram demitidos 153 e em Mataripe, 205 – a Greve entrou para a história do movimento sindical petroleiro como um marco de fortalecimento da categoria, que, a partir dai ganhou força, importância e soube organizar e fazer a luta que garantiu as muitas conquistas que vieram nos anos após 1983.
Hoje, 36 anos depois, os petroleiros se preparam novamente para defender seus direitos, a autonomia sindical da entidade que os representa e, acima de tudo, a Petrobrás, construída pelos trabalhadores, com muita dedicação e que sofre grande ameaça de privatização.
Uma nova greve se avizinha, mas os petroleiros aprenderam com a sua própria história que é preciso sempre “estar atento e forte”, unidos e nunca fugir à luta.
[Via Sindipetro-BA]