24 de julho: O dia que a BR Parou

Na luta contra o pacote de Desinvestimento, anunciado pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, o SITRAMICO-RJ aderiu ao movimento da FUP e realizou uma paralisação de 24 horas nas bases da BR Distribuidora. Segundo informações divulgadas pela empresa, o plano prevê cortes de 89 bilhões de dólares nos investimentos e despesas da empresa, além de venda de ativos que poderá reduzir em 57 bilhões o patrimônio da Petrobras. Isso significa perda de direitos, redução  das vagas de trabalho e corte nas ações sociais da empresa.

“A Petrobras é responsável por 17% do PIB brasileiro. Diversas cidades do Brasil usufruem de projetos sociais, ambientais, esportivos e culturais patrocinados pelas empresas do Sistema. Milhões de empregos diretos e indiretos são gerados pelas atividades da Petrobras. Por isso temos que defendê-la”, destacou a presidente do SITRAMICO-RJ, Lígia Deslandes.

Adesão maciça nas bases operacionais em Duque de Caxias e Volta Redonda garantiu o sucesso da ação contra a venda de ativos. Apesar do início previsto para meia noite, desde as 20h00, a Diretoria do SITRAMICO-RJ já estava na GEI para conversar com os (as) trabalhadores (as). Recebemos denúncias sobre ameaças a funcionários e terceiros, horas antes, e adiantamos a nossa chegada.

GEI e TEDUC foram palcos do nosso festival de cachorro quente. “A Cachorrada da Petrobras” reuniu os Diretores do SITRAMICO-RJ, funcionários próprios, motoristas e terceiros que conversaram sobre os reais impactos da venda de ativos na BR. Com a ação, o carregamento de caminhões foi suspenso.

“O que eu vi foi uma luta pelo pertencimento. Trabalhadores que não querem sair do Sistema e apoiam a luta do Sindicato”, afirmou a Diretora do SITRAMICO-RJ, Jane Sant’Ana.

Assim como o SITRAMICO-RJ, demais sindicatos que compõem o Sistema Petrobras  realizaram paralisações em suas respectivas bases. Nos primeiros minutos da última sexta-feira, os petroleiros atenderam ao chamado da FUP e de seus sindicatos e iniciaram uma grande mobilização nacional contra o novo plano de Gestão e Negócios aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobrás. Metalúrgicos, operários da indústria naval e da construção civil, petroleiros terceirizados estão sendo demitidos, em função de obras paralisadas e investimentos suspensos.