CUT e SMABC
Com a participação de mais de 20 mil trabalhadores, terminou às 11h a manifestação em São Bernardo no Dia Nacional de Luta. O protesto começou com três grandes passeatas na via Anchieta e avenida Piraporinha, que se juntaram na avenida Lucas Nogueira Garcez (todas em São Bernardo) e seguiram em direção ao Paço Municipal.
Os organizadores estimaram a presença de 20 mil trabalhadores no ato. A manifestação contou teve a adesão de várias categorias, entre elas metalúrgicos, químicos, vidreiros e bancários. Por volta das 10h30, um grupo de trabalhadores da Atento chegou á manifestação, organizados pelo SindTetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações).
Tanto o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, quanto o presidente nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, que puxavam a marcha dos trabalhadores, destacaram em seus discursos a necessidade de haver uma reforma política no país.
"As ruas pedem melhores serviços públicos e essa transformação não é possível sem as reformas necessárias, como a reforma política. É preciso a representatividade política seja legítima, que esteja com a população, e isso é muito difícil com um sistema de financiamento privado de campanhas. No Congresso o que vemos são muitos parlamentares defendendo os interesses das empresas, não dos trabalhadores, e isso precisa mudar. Por isso, apoiamos o plebiscito para a reforma política, de modo que o povo seja consultado e participe efetivamente dessas mudanças."
O Sindicato dos Bancários do ABC informou que as agências bancárias da rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo, não funcionaram durante a manifestação. O atendimento nessas agências só será normalizado na sexta-feira (12/07). Também participaram da manifestação no Paço grupos de trabalhadores do SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde), do s Sindicatos da Construção Civil de São Caetano e de Santo André.
Organizada pelas centrais sindicais, as manifestações apoiam, além do plebiscito à reforma política, o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, o arquivamento do projeto de lei que amplia as terceirizações no trabalho, fim do fator previdenciário, democratização dos meios de comunicação, reforma agrária fim dos leilões de petróleo da Bacia Pré-Sal entre outras.
O presidente dos Sindicato dos Metalúrgicos do ABC lembrou ainda que as reivindicações dos trabalhadores estão sendo feitas desde março deste ano. Ao lado de Marques, o presidente da CUT colocou a reforma tributária como fundamental para a melhorias das condições de trabalho e de vida da classe trabalhadora.
"Para melhorar os serviços é preciso verba disponível e um dos meios de fazer isso é taxar as fortunas. Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos. É com esse tipo de distribuição de renda que podemos melhorar a educação, a saúde e os transportes", afirmou Freitas.