18 maio: dia de paralisações e mobilizações da CUT

Além da luta pela redução da jornada, trabalhadoras saem às rua para reivindicar a ratificação da Convenção 156, que trata da igualdade de oportunidades e direitos para homens e mulheres…





CUT

 

A CUT organiza para 18 de maio, o Dia Nacional de Paralisações e Mobilizações. A atividade representa a retomada da pressão da Central sobre a Câmara dos Deputados, especialmente sobre o seu presidente, o deputado Michel Temer, para que o tema da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário seja recolocado na pauta de votação no Congresso Nacional.

Neste dia, trabalhadores/as de todas as regiões do Brasil vão atrasar a entrada de turnos, paralisar parcial ou integralmente as empresas e fazer mobilizações de rua.

Comprovado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), a redução da jornada trará vários benefícios para classe trabalhadora, sendo o dado mais significativo, a capacidade de gerar mais de 2 milhões de novos postos de trabalho.

Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, apesar da redução da jornada abranger o conjunto da classe trabalhadora, esta proposição será muito mais significativa para as mulheres. “A maior parcela de trabalhadores inseridos no mercado informal são mulheres. Este mercado é caracterizado muitas vezes pela precarização e com a criação de mais de 2 milhões de empregos, as mulheres terão um grande espaço de conquista de novos de empregos.”

Além da capacidade de gerar novos postos de trabalho, a redução da jornada também possibilitará aos trabalhadores/as qualificarem-se educacional e profissionalmente, dando-lhes mais tempo para ficar com a família, para o lazer e para o que mais for possível, consolidando melhoras na qualidade de vida para todos.

Neste debate, segundo relata Rosane, está inserida a luta pela ratificação da Convenção 156, que trata da igualdade de oportunidades e direitos para homens e mulheres. A ratificação da 156 é uma luta histórica da CUT, já que estabelecerá a divisão de responsabilidades familiares e, consequentemente, possibilitar às mulheres mais tempo para dedicar-se à qualificação e ao descanso. 

“Na luta por uma sociedade mais justa e igualitária, devemos relacionar a defesa de ações como a redução da jornada com medidas que promovam a  equidade como a ratificação da 156 e neste sentido, é preciso

a elaboração de políticas públicas que garantam a igualdade efetiva de oportunidade e de tratamento”, destaca Rosane.

Atualmente a Convenção 156 tramita na Câmara dos Deputados.