1º de maio é dia de defender os direitos da classe trabalhadora

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“Proletários, uni-vos”. O histórico chamado de Karl Marx segue mais atual do que nunca, apontando para a classe trabalhadora que a unidade é o único caminho possível de resistência à avalanche conservadora que ameaça o país. Por isso, a CUT, a CTB, a Intersindical e os principais movimentos sociais do Brasil estarão novamente nas ruas neste Primeiro de Maio, ampliando a luta por direitos e contra o retrocesso, reivindicando reformas, defendendo a democracia e o patrimônio público.

“Fundamentalmente é uma demonstração de luta e de organização com reivindicações claras chamando à batalha os trabalhadores, pois não temos outra saída a não ser defendermos de maneira unificada nossos direitos”, revela o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Esse Primeiro de Maio acontece em uma conjuntura bem diferente dos últimos anos, com um Congresso Nacional extremamente reacionário e a classe trabalhadora sob ataques sem precedentes.  Para se contrapor à onda conservadora, as três centrais sindicais de esquerda  – CUT, CTB e Intersindical –  realizarão  atos unificados e manifestações públicas em diversas capitais do país, com ampla participação dos sindicatos, estudantes, movimentos populares e entidades que lutam por igualdade de direitos.

 “Será um marco inicial para unificação da esquerda brasileira, da construção de um bloco da esquerda que leve em conta sindicatos, movimentos sociais e até partidos políticos que tenham em comum a defesa da classe trabalhadora, da liberdade e da democracia. A direita conservadora tentará trazer o retrocesso ao país e conseguirá, se não fizermos o enfrentamento”, alerta o presidente da CUT.

PARTICIPE!

Participe dos atos e manifestações do Primeiro de Maio em sua cidade. Some-se aos milhares de trabalhadores brasileiros que estarão nas ruas, lutando por direitos e por reformas. Confira as principais reivindicações:

  • Em defesa dos direitos, contra o PL 4330, contra o ajuste fiscal e contra as MPs 664 e 665
  • Em defesa da democracia, contra o golpismo e a intolerância
  • Pelo combate à corrupção e ao financiamento privado de campanhas eleitorais
  • Em defesa da Petrobrás e do pré-sal, patrimônios do povo brasileiro

SE LIGUE

Muito mais do que um feriado, o Primeiro de Maio é um dia de luta, que resgata o espírito classista dos trabalhadores em todo o mundo. A história desta data remonta a 1886, quando operários de Chicago (EUA) desencadearam uma greve geral em primeiro de maio cobrando a redução da jornada de trabalho que era superior a 16 horas diárias. A polícia reprimiu violentamente o movimento, ferindo e matando trabalhadores. Os líderes grevistas passaram a ser perseguidos e o movimento de Chicago tornou-se um marco em todo o mundo. Em 1889, a Internacional Socialista transformou o primeiro de maio em dia mundial de luta por direitos e reivindicações da classe trabalhadora. A luta surtiu efeito e, em 1919, a jornada diária de oito horas passou a ser lei na França, que também instituiu o primeiro de maio como feriado nacional. Outros países fizeram o mesmo, inclusive o Brasil, onde a data foi oficializada em 1925.  Tentando desvirtuar o sentido classista desse dia, os patrões ainda hoje se utilizam do feriado para reverenciar o trabalho e não o trabalhador.

Fonte: FUP