O Primeiro de Maio se transformará em uma grande Assembléia Popular da Classe Trabalhadora em defesa da democracia e dos direitos. A CUT, a CTB e a Intersindical farão atos unificados junto com os movimentos sociais, se contrapondo ao golpe em curso no país e denunciando o retrocesso que virá no seu rastro. Por isso, a pauta central desse Primeiro de Maio será a construção de uma greve nacional no dia 10.
Os próximos dias serão decisivos para país. Os parlamentares que atentam contra a democracia são os mesmos que atacam o cidadão brasileiro com projetos que podem fazer o país retroceder décadas em relação aos direitos humanos, sociais e trabalhistas. A tal Ponte para o Futuro anunciada por Michel Temer é um túnel para o passado, com a volta das políticas neoliberais de cortes de direitos e de privatizações que transformaram os anos 90 em uma década perdida. O Pré-Sal e a Petrobrás são a cereja do bolo dos entreguistas.
A única saída para os trabalhadores é resistir e enfrentar os golpistas nas ruas. Novas manifestações de massa serão realizadas entre os dias 09 e 11 de maio, quando o Senado analisará o processo de impeachment. A greve geral no dia 10 de maio precisa ser um movimento forte e nacional para deixar claro que a classe trabalhadora não aceitará retrocessos. Os petroleiros são fundamentais nessa luta e estão discutindo em assembleias setoriais como participarem do movimento.
História classista
Primeiro de Maio é muito mais do que um feriado. É um dia de luta, que resgata o espírito classista dos trabalhadores em todo o mundo. A mídia segue a lógica do capital e usa essa data para reverenciar o trabalho e não o trabalhador.
A história do Primeiro de Maio remonta a 1886, quando operários de Chicago (EUA) desencadearam uma greve geral pela redução da jornada de trabalho, que na época era superior a 16 horas diárias. O movimento foi violentamente reprimido e seus líderes enforcados.
Em 1889, a Internacional Socialista aprovou o Primeiro de Maio como dia de luta por direitos e reivindicações da classe trabalhadora. Em 1919, a França finalmente transformou em lei a jornada diária de oito horas e o Primeiro de Maio em feriado nacional. Outros países fizeram o mesmo, inclusive o Brasil, onde a data foi oficializada em 1925.
Fonte: FUP, foto @diegovillamarin_