Com o tema “Privatizar faz mal ao BRasil”, os petroleiros iniciam nesta quinta-feira, 03, em Salvador, o congresso nacional da categoria com o desafio de construírem uma ampla agenda de luta, com novas estratégias de enfrentamento à privatização do Sistema Petrobrás, à retirada de direitos da classe trabalhadora e os imensos retrocessos impostos pelo golpe. O evento conta com a participação de mais 400 petroleiros de vários estados do país.
Serão quatro dias de congresso, com mesas de debates que abordarão temas como “Os pilares do golpe jurídico, parlamentar e midiático no Brasil”, “Articulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático”, “A conta do golpe quem paga é o trabalhador” e “Democracia só é possível com igualdade de gênero”.
As mesas contarão com participação de sindicalistas, lideranças de movimentos sociais, parlamentares do campo da esquerda e acadêmicos. A intenção é que, ao final de cada debate, sejam construídas deliberações conjuntas para enfrentamento da atual conjuntura. O Congresso também elegerá a nova diretoria da FUP para o triênio 2017-2010.
O tema do Confup – “Privatizar faz mal ao BRasil” – foi o mote de resistência dos petroleiros há 17 anos, quando Pedro Parente, então ministro de FHC e integrante do Conselho de Administração da Petrobrás, iniciou o processo de privatização das refinarias e tentou mudar o nome da empresa para Petrobrax. Sua missão foi interrompida quando o presidente Lula foi eleito e resgatou a estatal do limbo, fazendo dela uma empresa de ponta, capaz de descobrir o pré-sal, que é hoje o seu maior patrimônio.
Ao retornar à petrolífera através de um golpe, Pedro Parente tem pressa para concluir o que não terminou no passado. Por isso, corre contra o tempo para liquidar por completo o Sistema Petrobrás, das subsidiárias aos campos de petróleo, das refinarias à estrutura de logística da empresa. Na luta contra a privatização, os petroleiros enfrentam também o desmonte de direitos e a redução de efetivos, que coloca em risco não só os trabalhadores, como as populações que vivem no entorno das unidades operacionais.
Esse, portanto, é um congresso que acontece em um momento de grandes desafios para a classe trabalhadora, especialmente para os petroleiros, que enfrentam o maior ataque da sua história e têm o desafio de barrar a destruição do Sistema Petrobrás, que passa pelo mais intenso processo de privatização desde a criação da estatal, há 64 anos.
Veja a programação do XVII Confup:
03 DE AGOSTO – Quinta-feira
Manhã– Atividade política
15h às 17h – Aprovação do Regimento Interno e Eleição da Mesa Diretora.
17h às 18h – Apresentação e eleição da tese guia
18:00 h – Solenidade de abertura do XVII CONFUP
04 AGOSTO – Sexta-feira
09h30 às 12h – Conjuntura política e econômica: articulação das forças sociais na reconstrução do projeto político, popular e democrático
Convidados: João Pedro Stédile, Guilherme Boulos, Renato Rabelo (PC do B)
14h30 às 17h30 – Os pilares do golpe jurídico, parlamentar e midiático no Brasil
Convidados: Mino Carta (Carta Capital) Pedro Serrano (PUC-SP) Dep. Paulo Pimenta (PT/RS)
05 DE AGOSTO – Sábado
09h às 12h – A conta do golpe: quem paga é o trabalhador
Convidados: CUT Nacional, Prof.ª Denise Gentil (UFRJ) e Clemente Ganz (DIEESE)
14h às 16h – Democracia só é possível com igualdade de gênero
Convidadas: Dep. Alice Portugal (PCdoB/ BA) e Prof.ª Bianca Daebs (UFBA)
16h30 às 18h30 – Privatizar a Petrobrás faz mal ao Brasil
Convidados: José Maria Rangel (FUP), José Sergio Gabrielli (UFBA) e Eduardo C. Pinto – UFRJ
18h30 às 19h30 – Criação e aprovação do estatuto de fundação do Instituto José Eduardo Dutra
06 AGOSTO – Domingo
08h às 10h – Aprovação pauta de reinvindicação ACT 2017/2019.
Até 10h – Registro das Chapas
10h às 11h – Defesa das chapas
11h às 11h30 – Eleição da Direção Executiva e Conselho Fiscal da FUP
11h30 às 12h – Apuração, proclamação, posse dos eleitos e mesa de encerramento do Congresso