A luta é na rua. Pela Petrobrás, pela Eletrobrás, pela Casa da Moeda, por um Brasil soberano

Milhares de manifestantes ocupam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro, em um grande ato em defesa da soberania nacional. A mobilização teve início às 11h, em frente à sede da Eletrobrás, uma das estatais que teve sua privatização anunciada pelo governo Temer, e segue em direção à sede da Petrobrás, que completa neste dia 03 de outubro 64 anos de existência.

A petrolífera tem sido alvo de uma série de graves ataques ao longo dos últimos anos e, desde que Pedro Parente assumiu o comando da empresa pelas mãos do governo golpista, várias subsidiárias, campos de petróleo, gasodutos, usinas de biodíesel, petroquímicas, termelétricas e diversos outros ativos já foram privatizados. Ontem, véspera do aniversário da Petrobrás, o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, defendeu a venda total da companhia no longo prazo.

Para as entidades organizadoras do ato desta terça, 03, em defesa da soberania, a resistência do povo tem que ser nas ruas, exigindo a saída dos golpistas e a revogação de todas as medidas de desmonte do Estado brasileiro e dos direitos da classe trabalhadora. Veja algumas das declarações das lideranças que participam do ato no Rio de Janeiro.

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

“Para quem acha que não tem luta, que fica só reclamando da vida, esse ato tá provando o contrário. Há muita luta sim, aqui no Rio de Janeiro e no Brasil. Esses golpistas estão achando que a vida deles é fácil, não é. Nós vamos virar esse jogo, vamos eleger Lula presidente, vamos fazer um referendo revogatório de todas as medidas que eles tomaram. Estamos na luta, vamos fazer o enfrentamento”.

José Maria Rangel, coordenador da FUP

“O mais significativo no dia de hoje, além dos 64 anos de vida da Petrobrás, uma empresa que é orgulho do povo brasileiro, uma empresa que efetivamente espelha o sucesso do povo brasileiro, é a gente ver o povo na rua. É assim que nós iremos reverter esse processo de entrega do patrimônio público, esse processo que está deixando o brasileiro desanimado. Hoje, dia 03 de outubro, é dia do povo vir pras ruas defender o Brasil, defender a Petrobrás e defender as demais empresas estatais”.

Adriana Nalesso, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

“Nós bancários estamos nas ruas junto com outras categorias, mas não só em defesa dos bancos públicos, mas de todas as empresas que estão sob ameaça de privatização. Os bancos públicos são hoje a fonte para aqueles que mais necessitam de crédito mais barato, que, temos certeza, nenhum banco privado dará. Esse é, portanto, um debate de que tipo de sociedade queremos para o nosso povo”.

Beth Mendes, atriz

“Eu estou aqui nesse ato do dia 03 de outubro de 2017, mas nunca pensei que teria que voltar às ruas para defender a Petrobrás, defender a Eletrobrás, defender as grandes minas e minérios que nós temos, defender as estatais que nós não temos, defender o governo que nós não temos mais, mas que foi eleito pelo povo. A nossa força é voltemos à democracia. Fora Temer”.

FUP