Pressão da FUP impede votação do PL 4567 e dá novo fôlego à luta em defesa do Pré-Sal

A pressão da FUP e de seus sindicatos em Brasília contra o PL 4567/16 mais uma vez surtiu efeito. Fortalecidas pela presença em massa dos petroleiros nesta terça-feira, 13, na Câmara dos Deputados Federais, as lideranças dos partidos que fazem oposição ao governo Temer conseguiram adiar a votação do projeto para depois do primeiro turno das eleições municipais.

O adiamento da votação do PL 4567/16 foi garantido em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), após os líderes da minoria – PT, PCdoB, PDT, PSOL – concordarem em retirar a obstrução da votação de algumas Medidas Provisórias.

“Essas MPs não retiram direitos dos trabalhadores, elas alocam recursos para as Olímpiadas, renegociam dívidas da agricultura familiar, enfim, foi uma importante vitória garantirmos o adiamento da votação. Vamos agora nos mobilizar para após as eleições continuarmos combatendo a entrega do patrimônio brasileiro, que o governo Michel Temer, com o apoio do PSDB, do DEM e de outros partidos de direita querem realizar”, explicou o líder do PT na Câmara, Afonso Florence.

Com isso, os petroleiros terão mais tempo para mobilizar a sociedade contra a entrega do petróleo às multinacionais. Uma batalha que vem sendo travada pela FUP e seus sindicatos desde março do ano passado, quando o então senador José Serra (PSDB/SP) deu entrada no PLS 131, cumprindo promessa feita à Chevron, de que mudaria as regaras de exploração do Pré-Sal.

“Nossa luta para manter o pré-sal é também a luta para manter a Petrobrás viva, atuante, firme, desenvolvendo o país”, declara o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Ele alerta que o desmonte da empresa já está acontecendo, com a venda das subsidiárias e a paralisação de várias atividades de perfuração e exploração petróleo nas áreas fora do Pré-Sal

“Não tenho dúvidas em afirmar que sem o Pré-Sal, a Petrobrás acaba”, declara Zé Maria. “Vamos precisar de uma grande mobilização da nossa categoria e do apoio de toda a sociedade para impedir que o petróleo brasileiro seja entregue às multinacionais”.

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