Primeiro dia de manifestações na UTGC e UTG-Sul

Na manhã desta terça-feira, 1º de agosto, os trabalhadores da manutenção da UTGC e UTG-Sul deram início às manifestações contra o fim da escala especial em áreas remotas, 4×3, decretado pelo novo gerente do ativo. Os atrasos nos portões junto aos técnicos próprios e terceirizados foram aprovados em Assembleias Gerais Extraordinárias na última semana nas duas bases.

O sindicato espera a posição do gerente e a resposta da Justiça sobre a liminar que mantém a escala especial. De acordo com o coordenador-geral do Sindipetro-ES, Paulo Rony, novos atrasos não serão descartados, mas só vão acontecer após o retorno da diretoria do XVII Confup, na Bahia.

Os diretores do sindicato aproveitaram os atrasos para focar também na importância da filiação para o fortalecimento da categoria. “Precisamos que os trabalhadores estejam ainda mais unidos contra esta manobra golpista de Temer sobre a classe trabalhadora e com as possibilidades da empresa tentar atacar o nosso Acordo Coletivo de Trabalho”, afirma Paulo Rony.

Entenda o caso

A escala especial em áreas remotas foi uma conquista que veio após vários debates e estudos entre sindicato e RH. Ela trouxe benefícios para ambas as partes, pois otimizou os trabalhos, mantendo a continuidade operacional sem adição de custos, e melhorou a qualidade de vida dos trabalhadores, que ganharam um dia livre para resolver suas atividades do dia a dia.

No entanto, sem justificativas coerentes, o novo gestor do ativo, que está há apenas três meses no cargo, simplesmente retirou a escala, que acabou hoje, sem o mínimo diálogo. Em reunião oficial, ele disse ao sindicato que era uma orientação de RH, como se a compensação estivesse “ilegal”.

O RH da RGN, no entanto, desmentiu a informação. Foi dito que era uma decisão por necessidade da própria gerência operacional que, por sua vez, disse que se tratava de uma medida do gerente de manutenção. Assim, fizeram um jogo de empurra-empurra, procrastinando uma decisão sem qualquer fundamento, dentro das premissas estabelecidas com o sindicato há cinco anos, época da implantação dessa escala.

O Sindipetro-ES vai seguir na defesa dos técnicos de manutenção para que a escala, uma grande conquista dos trabalhadores, permaneça.

Fonte: Sindipetro-ES