[Última atualização 13:23 20/12]
Conforme indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os sindicatos iniciaram as assembleias nesta terça-feira, 19, nas bases do Sistema Petrobrás para submeter à categoria a proposta conquistada no processo de negociação.
No Sindiquímica Paraná, as assembleias foram concluídas hoje à noite e aprovaram por unanimidade os indicativos da FUP. Nas demais bases, as assembleias prosseguem ao longo da semana. Além de avaliarem a proposta de Acordo Coletivo, que preserva os direitos essenciais conquistados ao longo dos últimos anos, os petroleiros também estão se posicionando sobre a manutenção do estado de greve e de assembleias permanentes contra a privatização do Sistema Petrobrás.
Para a direção da FUP e de seus sindicatos, a preservação das principais conquistas dos petroleiros no atual cenário de golpe de Estado, que destrói os direitos da Classe Trabalhadora, é uma grande vitória da categoria. “Nenhum direito deixou de existir com esse acordo conquistado, e isso é uma grande vitória. O auxílio à alimentação e o benefício farmácia tiveram mudanças. Mas continuam efetivos e muito acima de qualquer comparação”, destaca o assessor jurídico da FUP, Normando Rodrigues.
Ele explica que as 104 cláusulas do acordo conquistado equivalem às 185 do acordo anterior. No BNDES, por exemplo, o Acordo Coletivo de Trabalho tem 40 cláusulas. Na Vale do Rio Doce, são 41 cláusulas. Na Ambev, 33 cláusulas. No ABC paulista, a Convenção Coletiva de Trabalho das Montadoras tem 81 cláusulas. O Acordo dos Metalúrgicos de São José dos Campos tem 86 cláusulas. A Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários do setor privado tem 71 cláusulas e a dos bancários do Banco do Brasil, 72 cláusulas.
“Os que dizem que a FUP abriu mão de direitos são os mesmos que diziam que o Acordo Coletivo com 185 cláusulas era rebaixado, sendo que nada fizeram para conquistar as 85 cláusulas a mais que a FUP garantiu, após 2003 quando o ACT tinha 100 cláusulas”, alerta o coordenador da FUP, José Maria Rangel. “São os mesmos que apoiaram o golpe e sequer fizeram a autocrítica de seus erros, apesar de todo o caos e destruição de direitos que a classe trabalhadora e o povo brasileiro vivem em função do golpe que eles apoiaram”, destaca.
“Esse grupo nunca teve compromisso com nada. Para eles, quanto pior, melhor. Por isso, indicam a rejeição da proposta conquistada pela FUP pois são inconsequentes a ponto de torcerem para que a categoria fique sem Acordo Coletivo, exposta aos efeitos da Contrarreforma Trabalhista, porque greve, que é bom, eles nunca fazem”, afirma Zé Maria.
Quadro parcial das Assembleias (à medida que os sindicatos informarem novos resultados, vamos atualizando os percentuais)
Sindipetro Amazonas
Proposta – aprovação 91%
Estado de greve – aprovação 92%
Sindipetro Pernambuco/Paraíba
Proposta – aprovação 62,74%
Estado de greve – aprovação 94,11%
Sindipetro Bahia
Proposta – aprovação 82,6%
Sindipetro Espírito Santo
Proposta – aprovação 42%; Abstenção 3%
Estado de greve – aprovação 99,7%
Sindipetro Minas Gerais
Proposta – aprovação 46,41%; Abstenção 6,03%
Estado de greve – aprovação 99,2%
Sindipetro Unificado de São Paulo
Proposta – aprovação 76%
Estado de greve – aprovação 97%
Paraná/Santa Catarina
Proposta – aprovação 60%
Estado de greve – aprovação 97%
Sindiquímica Paraná (assembleias concluídas)
Proposta – aprovação 100%
Estado de greve – aprovação 100%
Sindipetro Rio Grande do Sul
Proposta – aprovação 68%
Estado de greve – aprovação 99,6%
Sindipetro Caxias
Proposta – aprovação 78%
Estado de greve – aprovação 98%
Sindipetro Norte Fluminense
Proposta – aprovação 50,67%
Estado de greve – aprovação 94,11%
OBS: os sindicatos da FUP que não estão listados acima ainda não iniciaram as assembleias ou não divulgaram o resultado parcial