Nenhum direito a menos!

O novo presidente da Petrobrás indicado pelo governo interino e golpista de Temer, já está mostrando a que veio. O jornal Estadão afirma em matéria publicada em seu site no dia 13/06, que a estatal vai propor a seus empregados reduzir a jornada de trabalho para 6 horas e os salários em 25% e ressalta que “Pedro Parente dá como certo que conseguirá promover as mudanças que integram o programa de ajustes de finanças”.

Segundo a fonte consultada pelo jornal “com a mudança de cenário, principalmente política, há espaço para retomar a proposta de mudança do acordo coletivo”. Para o ex-conselheiro eleito da Petrobrás e atual coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, é bom deixar claro que não existe esse espaço para se reduzir ou abrir mão de direitos. Ele lembra que já houve uma tentativa feita por Bendine no ano passado, mas que foi rechaçada com a greve de 13 dias realizada pelos petroleiros em novembro de 2015.

Amparados e respaldados por um Congresso conservador e uma mídia que age como se fosse um quarto poder, o governo golpista já começa, em pouco tempo, a destruir 13 anos de muitas conquistas, inclusive para os petroleiros.

A lógica dos golpistas é o retrocesso, a redução de direitos, é tirar dos trabalhadores e aumentar a margem de lucro do empresariado e do acionista. O discurso utilizado para justificar essa retirada de direitos é a “crise”, que a “Petrobrás está quebrada”, etc.

Deyvid é enfático ao dizer que os sindicatos cutistas sempre tiveram como bandeira histórica de luta a redução de jornada SEM redução de salário. “Parente quer desmontar o Sistema Petrobrás, já estão à venda os Terminais e as Termelétricas do Ceará e do Rio de Janeiro e os campos terrestres.

Nossa greve, em 2015, foi importante, sim, para garantir nosso Acordo Coletivo, nossas conquistas sociais. A partir de agora, nossos empregos estão em risco e as negociações do acordo de trabalho serão difíceis”, alerta Deyvid. Para ele a categoria petroleira precisa ter consciência de que só há uma saída: a resistência.

Fonte: Sindipetro-BA