A resistência contra a privatização da Petrobrás está diretamente ligada à luta pela preservação dos empregos e dos direitos dos trabalhadores, que estão sob ameaça de extinção nessa campanha reivindicatória. A importância da unidade no enfrentamento ao projeto ultraliberal do governo Bolsonaro marcou a fala das lideranças sindicais e políticas que participaram da solenidade de abertura da 8ª Plenária Nacional da FUP, quinta-feira, 23, à noite, em Belo Horizonte.
“Essa é a Plenafup mais importante da história da nossa categoria. Os petroleiros já deixaram o seu nome marcado na história todas as outras vezes em que fomos chamados à luta em defesa da Petrobrás. Vamos continuar resistindo e venceremos novamente”, afirmou o coordenador do Sindipetro Minas Gerais, Anselmo Braga. Ele destacou a simbologia da 8ª Plenafup estar sendo realizada na Escola Sindical da CUT em Belo Horizonte, berço de tantas lutas e resistência.
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, lembrou que a luta dos petroleiros para defender a Petrobrás não é de hoje. “A Petrobrás sempre foi motivo de disputa e de cobiça. E isso aumentou ainda mais com a descoberta do pré-sal. A defesa da Petrobrás tem que passar pela conscientização dos trabalhadores de que a operação Lava Jato é uma farsa. Os fatos vêm mostrando, dia após dia, que o objetivo sempre foi destruir a empresa para entregar o pré-sal”, afirmou.
Márcio Nicolau, presente!
O ex-presidente do Sindipetro-MG, Marcio Nicolau Machado, morto em fevereiro em um trágico acidente de trânsito, foi homenageado na abertura da 8ª Plenafup. Um documentário produzido pelo sindicato em parceria com o Midia Ninja emocionou os petroleiros, ao destacara a trajetória sindical do petroleiro e sua importância nas lutas travadas pelos movimentos sociais mineiros.
“A luta pela soberania, a luta pela Petrobrás que estamos travando hoje é a continuidade do legado de Marcio e a maior homenagem que podemos fazer a ele”, afirmou Leopoldino Martins, que esteve ao lado do petroleiro em diversas lutas no Sindipetro-MG.
O exemplo da Vale
Um dos convidados da solenidade de abertura da 8ª Plenafup, Joceli Andreoli, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), enfatizou a relação direta entre a privatização da Vale e os crimes protagonizados pela empresa em Minas Gerais. “Tudo isso aconteceu porque a empresa passou a ser gerida para atender aos interesses privados e à ganância do capital especulativo. O que aconteceu com a Vale é o que pode acontecer com o pré-sal e a Petrobrás, se não dermos conta da luta e do desafio desse momento histórico”, afirmou.
O deputado federal Rogério Correa (PT-MG) lembrou que desde que foi “entregue a preço de banana” no governo Fernando Henrique Cardoso, a Vale deixou de cumprir o papel de destaque que tinha para a economia brasileira. “A Vale é a segunda maior empresa privada do mundo, mas que não contribui em nada para o desenvolvimento do país. Envia todo o seu lucro para fora e só deixa aqui as tragédias que gera”, declarou.
Ele alertou que o processo de privatização do governo Bolsonaro vai além. “Não são só as empresas públicas que estão na lista de privatização do Paulo Guedes (ministro da Economia), mas também a previdência social, a educação e a saúde”, declarou, enfatizando que a greve geral do dia 15 de junho pode significar uma virada dessa conjuntura. "É no campo das ruas que vamos derrota-los. E o movimento sindical será fundamental nesse embate, como foi na década de 80", afirmou.
Com a participação de cerca de 200 trabalhadores de todo o país, a 8ª Plenafup prossegue até domingo (26), na Escola Sindical Sete de Outubro, em Belo Horizonte. Acompanhe as atividades e painéis de exposição pelas redes sociais da FUP.
Imprensa da FUP | Fotos: Arthur Varela (Sindipetro-RN)
Com o desafio de construir uma ampla agenda de luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e em defesa dos direitos da categoria, os petroleiros iniciam nesta quinta-feira, 23, a 8ª Plenária Nacional da FUP. O evento reúne cerca de 200 trabalhadores em Belo Horizonte, na Escola Sindical Sete de Outubro.
Além das reformas ultraliberais do governo Bolsonaro que afetam toda a classe trabalhadora, os petroleiros enfrentam uma das campanhas reivindicatórias mais duras da história da categoria. Na quarta-feira, 22, os gestores da Petrobrás apresentaram uma proposta de desmonte do Acordo Coletivo de Trabalho, que aniquila direitos e benefícios sociais e ataca frontalmente as organizações sindicais, pavimentando o caminho para a privatização da empresa.
É nessa conjuntura repleta de desafios que acontece a 8ª Plenafup, cujo tema “Liberdade Sindical, Direitos e Petrobrás do povo” sintetiza os desafios postos para a categoria petroleira.
Acompanhe pelas redes sociais da FUP a cobertura da solenidade de abertura, prevista para as 18h.
Programação:
23/05 – quinta-feira
9 h – Chegada das delegações e início do credenciamento
10h – Encontro do Jurídico e Encontro de Comunicação
15h - Eleição da mesa diretora, leitura e aprovação do Regimento Interno
18h – Mesa de abertura do VIII PLENAFUP
24/05 – sexta-feira
07h – ato na Regap contra a venda das refinarias da Petrobrás e o aumento dos combustíveis
14h15 – Painel de Debate - Reforma da previdência ou ajuste fiscal para os pobres?
17h30 - lançamento do livro do INEEP
25/05 – sábado
09h – Painel de Debate - Efeitos da reforma trabalhista e Liberdade sindical - Por que querem acabar com os sindicatos?
11h - Painel de Debate - A privatização e a política de preços da Petrobrás - A farsa da Lava Jato
15h – Trabalhos em grupos:
Grupo 1 – Luta contra a Privatização da Petrobrás e Calendário da Campanha
Grupo 2 – Resoluções 23 e 25 da CGPAR – efeitos sobre a AMS e Previdência
Grupo 3 – Desafios à representação sindical
26/05 – domingo
09h – Plenária Final e apreciação do Relatório da Comissão de Ética a respeito do afastamento disciplinar de dirigente da FUP
12 h - Retorno das delegações
[FUP]
Com o tema “Liberdade Sindical, Direitos e Petrobrás do povo”, a 8ª Plenária Nacional da FUP começa quinta-feira, 23, em Belo Horizonte, com o desafio de construir uma ampla agenda de luta contra o desmonte do Sistema Petrobrás e os ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores. Cerca de 200 petroleiros e convidados são esperados para a Plenária, que prossegue até domingo, 26.
Além das privatizações e reformas ultraliberais que têm por objetivo dizimar conquistas históricas do povo brasileiro, a categoria petroleira enfrenta ameaças de retirada de direitos e de desmonte de benefícios sociais, como a AMS e a Petros. Soma-se a isso, a intenção do governo Bolsonaro de sufocar as entidades sindicais, através da MP 873, na tentativa de inviabilizar a resistência dos trabalhadores.
Os petroleiros enfrentarão uma das campanhas reivindicatórias mais duras da história da categoria, que exigirá dos trabalhadores coragem e organização. É nessa conjuntura repleta de desafios que acontecerá a 8ª Plenafup.
Os debates serão realizados na Escola Sindical Sete de Outubro, unidade de formação da CUT, em Belo Horizonte (Rua Nascimento, 101, Barreiro de Cima).
23/05 – quinta-feira
9 h – Chegadas das delegações e início do credenciamento
10h – Encontro do Jurídico e Encontro de Comunicação
15h - Eleição da mesa diretora, leitura e aprovação do Regimento Interno
18h – Mesa de abertura do VIII PLENAFUP
24/05 – sexta-feira
07h – ato na Regap contra a venda das refinarias da Petrobrás e o aumento dos combustíveis
14h15 – Painel de Debate - Reforma da previdência ou ajuste fiscal para os pobres?
17h30 - lançamento do livro do INEEP
25/05 – sábado
09h – Painel de Debate - Efeitos da reforma trabalhista e Liberdade sindical - Por que querem acabar com os sindicatos?
11h - Painel de Debate - A privatização e a política de preços da Petrobrás - A farsa da Lava Jato
15h – Trabalhos em grupos:
Grupo 1 – Luta contra a Privatização da Petrobrás e Calendário da Campanha
Grupo 2 – Resoluções 23 e 25 da CGPAR – efeitos sobre a AMS e Previdência
Grupo 3 – Desafios à representação sindical
26/05 – domingo
09h – Plenária Final e apreciação do Relatório da Comissão de Ética a respeito do afastamento disciplinar de dirigente da FUP
12 h - Retorno das delegações
[FUP]
Os petroleiros que estão a caminho de Belo Horizonte para a 8ª Plenária Nacional da FUP participam na quarta-feira, 22, de Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que debaterá os impactos da atual política de preços da Petrobrás e os efeitos das privatizações e cortes dos investimentos.
A audiência contará com a participação dos diretores da FUP, Tadeu Porto e Alexandre Finamori (que representará também o Sindipetro Minas Gerais), além do secretário geral da CUT-MG, Jairo Nogueira Filho, e do consultor parlamentar, Paulo Cesar Ribeiro Lima.
Durante o evento, será lançada a Frente Parlamentar Mineira em Defesa da Petrobrás.
[FUP]
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) foi criada em 1994, fruto da evolução histórica do movimento sindical petroleiro no Brasil, desde a criação da Petrobrás, em 1953. É uma entidade autônoma, independente do Estado, dos patrões e dos partidos políticos e com forte inserção em suas bases.