Movimentos sociais organizam Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra.

Entre 01 e 07 de setembro a sociedade brasileira poderá votar no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil…





Da Revista Caros Amigos

Entre 01 e 07 de setembro a sociedade brasileira poderá votar no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil, o que representa uma oportunidade para população dizer se é a favor ou contra a concentração de terras no País.

Movimentos sociais, partidos, entidades, pastorais sociais do campo e organizações da sociedade civil estão articulando uma campanha pelo fim do latifúndio, buscando promover a conscientização sobre as raízes dessa concentração e seus efeitos nefastos, como a desigualdade social e a fome.

Vários Estados brasileiros estão organizando debates, seminários, ações de divulgação e eventos nesse sentido. Durante os dias 15 e 17 de julho, cerca de 100 representantes estiveram reunidos em Brasília para a II Plenária Nacional de Organização do Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra.

Dentre os encaminhamentos da plenária, foi definido o Dia Nacional de Mobilização pelo Limite da Propriedade da Terra, que será realizado no dia 12 de agosto, em memória a mártir Margarida Alves, camponesa assassinada em 1983. Neste dia os articuladores do Plebiscito Popular farão um grande mutirão de formação da sociedade brasileira que já está sendo conscientizada sobre a realidade agrária do país.

A população brasileira também é convidada a participar de um abaixo-assinado que já está sendo circulando em todo país e que continuará após o Plebiscito. O objetivo desta coleta de assinaturas é entrar com um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) no Congresso Nacional para seja inserido um novo inciso no artigo 186 da Constituição Federal que se refere ao cumprimento da função social da propriedade rural.

O plebiscito está sendo promido pelas 54 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária (FNRA) e Justiça no Campo, a Assembléia Popular (AP) e o Grito dos Excluídos. O ato ainda conta com o apoio oficial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Veja o vídeo da campanha