FUP debate o pré-sal e o desenvolvimento social sustentável do Brasil

Nesta segunda-feira, 26, foi realizada a terceira etapa do Seminário “Pré-sal e a nova lei do petróleo – desafios e possibilidades”…








Imprensa da FUP

Nesta segunda-feira, 26, foi realizada no Rio de Janeiro, a segunda etapa do Seminário “Pré-sal e a nova lei do petróleo – desafios e possibilidades”, realizado pela MGiora Comunicação e pela Petrobrás, com apoio da FUP. Desta vez, o tema debatido foi o “O pré-sal e o desenvolvimento social sustentável do Brasil”. O debate teve como palestrantes o coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, o economista e técnico do IPEA, Sérgio Gobetti, o jornalista e ambientalista Washington Novaes e o diretor do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano.

O coordenador da FUP, João Antonio de Moraes afirmou que o monopólio estatal é o melhor caminho para garantir a soberania energética e desenvolvimento social com sustentabilidade ambiental. Moraes ressaltou que 5% do Fundo Social proposto no Projeto de Lei dos trabalhadores sejam para compensações ambientais, pesquisas e investimentos em fontes alternativas de energia.

O jornalista e ambientalista, Washington Novaes afirmou que os danos que o acidente da BP causou no meio ambiente tiveram importantes reflexos na indústria mundial de petróleo, como a discussão de um sistema de regulação da exploração em mar. “As questões ambientais terão enorme importância na exploração do pré-sal, e certamente devem ser levadas em consideração. A influência global e internacional no andamento desta questão será imensa, além disso, temos um compromisso com as futuras gerações, que é deixar um mundo que vale a pena viver”, disse Novaes.

Para o técnico do IPEA, Sérgio Gobetti, as descobertas do pré-sal abrem enormes possibilidades de desenvolvimento para o país, com receitas adicionais que serão apropriadas pelo setor público. Ele afirmou que o sucesso destas jazidas também está relacionado à forma como tais recursos serão repartidos e aplicados, gerando renda para as atuais e futuras gerações. “É preciso avançar em regras mais efetivas, tanto para o fundo social da União, quanto para a distribuição de receitas para os estados e municípios”, ressaltou o técnico.

O diretor do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano, também defendeu o monopólio estatal como o melhor modelo de exploração do petróleo brasileiro, afirmando que para isso, é preciso uma grande movimentação popular como foi a campanha “O Petróleo é nosso”. “Nós queremos melhorar a Petrobrás e torna-la uma empresa 100% pública, com responsabilidade ambiental e controle social, inclusive, através da participação dos trabalhadores em seu conselho de administração”, destacou o sindicalista.

Além da participação da FUP e sindicatos, o evento também teve a presença  de professores, universitários, integrantes de movimentos populares, técnicos, especialistas e representantes do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

O seminário “Pré-sal e a nova lei do petróleo – desafios e possibilidades” é realizado com apoio da FUP, visando ampliar a discussão na sociedade sobre legislação do setor petróleo e soberania nacional. Já houve debates  em São Paulo e as próximas estapas do seminário estão previstas para os  meses seguintes, nos estados do Espírito Santo e Bahia, sempre envolvendo representantes dos trabalhadores, especialistas, técnicos do governo e acadêmicos.