Petroquímicos do Sul intensificam luta contra retirada de patrocínio da Brasken no Plano Petros

A empresa já demitiu mais de 500 trabalhadores, fez várias tentativas de retirar direitos, impõe a prática da ameaça e assédio moral …





Sindipolo

Depois de realizar manifestações públicas, reuniões com a direção da Petrobras e da Petros e buscar a via judicial para garantir a manutenção do plano de previdência complementar dos trabalhadores petroquímicos, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo/RS (Sindipolo) inicia uma campanha de cobrança contra a intenção da Braskem de acabar com o Plano Petros.

Com a frase “Odebrecht/Braskem quer acabar com o Plano Petros. Outra agressão aos petroquímicos. Isto não precisaria estar acontecendo”, dezenas de outdoors foram colocados em Porto Alegre e região metropolitana, denunciado o que é considerado pelos trabalhadores como mais um ataque da Braskem. “Queremos mostrar à sociedade que desde que assumiu o Pólo Petroquímico, a Braskem vem atacando direitos dos trabalhadores”, diz Carlos Eitor Rodrigues, presidente da entidade, lembrando que esta ação da Braskem prejudica não só os trabalhadores da ativa, como aposentados e pensionistas. Ao todos, serão atingidos mais de 1.000 trabalhadores, destes, 70% já aposentados e outros 30% da ativa. Segundo ele, ao longo de 20 a 30 anos, os trabalhadores contribuíram com cerca de 11% a 14% de seus salários para ter uma aposentadoria tranqüila e a Braskem, de forma unilateral, simplesmente anuncia a liquidação do Plano.

Segundo ele, a empresa já demitiu mais de 500 trabalhadores, fez várias tentativas de retirar direitos, impõe a prática da ameaça e do assédio moral nas relações de trabalho, precarizou o plano de saúde e tem fragilizado a segurança nas plantas e a saúde dos trabalhadores.

Eitor esclarece, ainda, que as ações não param por aí. “Queremos dar continuidade a esta campanha e mostrar que o discurso da Braskem de compromisso com os seus trabalhadores, com a responsabilidade social e com o meio ambiente só existe no discurso. Na prática é uma gestão perversa, que ataca sistematicamente os direitos consolidados da categoria, que deixou centenas de famílias sem emprego e que, pelo descaso com as questões de segurança das plantas, está nem aí para o meio ambiente e a vida de seus trabalhadores”, finaliza Eitor.