Cartão vermelho ao trabalho infantil

Foi celebrado no último sábado, 12 de junho, o Dia Mundial e Nacional de luta contra o Trabalho Infantil…





Brasil e mundo celebram o Dia Mundial e Nacional de luta para eliminar a exploração das crianças
 

Foi celebrado no último sábado, 12 de junho, o Dia Mundial e Nacional de luta contra o Trabalho Infantil. No Brasil a atividade aconteceu em Brasília, convocada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). Também aconteceram atividades em vários estados, convocadas pela CUT, CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e outras entidades dos movimentos sindical e social.  

Em Genebra aconteceu um grande ato na Praça das Nações, após a apresentação do Informe da OIT intitulado “Intensificar a Luta contra o Trabalho Infantil”. O informe se desenvolveu observando uma desaceleração do atual ritmo de redução do trabalho infantil no mundo, incluindo o Brasil.


“O novo informe global da OIT chama atenção para a necessidade de intensificação da luta contra o trabalho infantil e se justifica pelos números apresentados neste dia 11 de junho aqui em Genebra”, declarou o secretário de Políticas Sociais da CUT Nacional, Expedito Solaney, que acompanhou o processo. De acordo com Solaney, foi verificado que ainda existem 215 milhões de crianças até 15 anos trabalhando pelo planeta. Caso se mantenha a atual tendência, alerta o estudo da OIT, não se alcançará o objetivo que a própria OIT firmou com governos, trabalhadores e empresários para eliminar até 2016 as piores formas de trabalho infantil. Também não se conseguirá abolir definitivamente o trabalho infantil no mundo até 2020.


“Para mim, o Brasil tem feito sua tarefa no que se refere à eliminação das piores formas na faixa etária que vai até os nove anos. Já a faixa que fica entre nove e 15, onde se concentra o maior número, é justamente a que sai de casa para trabalhar e ajudar na renda familiar. Ou seja, se o salário dos pais fosse o mínimo constitucionalmente estabelecido, que segundo o DIEESE hoje é R$ 2.257,20, se reduziria enormemente o número de crianças trabalhando. “Como o salário mínimo ainda é R$ 510,00, infelizmente conviveremos ainda com a exploração da mão-de-obra infantil reproduzindo o capital”, acrescentou Solaney. 

“Por isso, a luta pela erradicação do trabalho infantil tem crescido no interior da CUT e de suas entidades, e se configura como uma campanha permanente levada a toda a sociedade”. 

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