Reduc continua parada. FUP alerta para riscos de acidentes

Refinaria continua com todas as unidades paradas. FUP e Sindipetro Caxias alertam para riscos na retomada da produção





Imprensa da FUP

Apesar da Petrobrás ter comunicado que “foram restabelecidas parcialmente as atividades operacionais” na Reduc, a refinaria continua com todas as unidades paradas, segundo informações do Sindipetro Caxias. Nesta terça-feira, 02, sindicato acompanhou a fiscalização feita pelo Ministério do Trabalho na subestação U-2200, que incendiou, após um curto circuito ocorrido na tarde de domingo (28/02). O incêndio destruiu todos os painéis elétricos e cabos de alimentação da unidade, que é a principal subestação de energia da Reduc, o que causou a parada em emergência de todas as operações de refino e bombeio. Em função do acidente, a refinaria também ficou sem água, inclusive potável, e sem telefones, por mais de 24 horas.

Mesmo com a normalização das redes de luz, água e telefonia nesta terça-feira, 02, as unidades operacionais da Reduc continuam sem carga de energia suficiente para retomarem a produção. Em reunião com a diretoria e gerências de Abastecimento da Petrobrás e a gerência geral da Reduc, o Sindipetro Caxias foi informado que a subestação de energia afetada pelo incêndio levará três meses para ser reconstruída.

Apesar da precariedade da segurança e das condições operacionais na refinaria, a Petrobrás pretende realizar na quinta-feira, 04, a partida da unidade de craqueamento catalítico (U-1250). O Sindipetro Caxias alertou para os riscos ambientais que podem ocorrer se a U-1250 entrar em operação sem o pleno funcionamento das unidades de recuperação de enxofre (U-3300 e U-3350). “Sem o tratamento do enxofre, será injetado gás ácido diretamente na atmosfera, o que pode provocar, entre outras conseqüências, uma chuva ácida em todo o entorno da Reduc”, declarou o diretor da FUP e coordenador do Sindipetro Caxias, Simão Zanardi Filho.

A FUP exige total garantia das condições de trabalho e segurança na Reduc. Os trabalhadores do turno estão inseguros e com medo de acidentes industriais, pois todas as unidades operacionais continuam em situação de emergência.