CUT lança curso de Promotoras Legais Populares para dar início ao mês das mulheres

Em comemoração aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, a Central Única dos Trabalhadores…




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Em comemoração aos 100 anos do Dia Internacional da Mulher, a Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo realizará diversas atividades no mês de março.

A primeira ocorreu nesta segunda-feira (1), no auditório com o lançamento do curso de Promotoras Legais Populares. O objetivo é capacitar trabalhadoras e sindicalistas de diferentes categorias e ramos a atuar na defesa de seus direitos e cidadania, propondo e fiscalizando políticas públicas.

Para a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sônia Auxiliadora, a Central avança no combate à violência. “Muitas vezes a mulher quando agredida se encontra sozinha e sem saber como agir e esse curso possibilita formar multiplicadoras de informação sobre como combater a violência seja ela no trabalho ou em seus lares”. 

A mesa de abertura foi composta pelo Presidente Nacional da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique, o Secretário Geral da CUT/SP, Sebastião Cardozo, a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, Sônia Auxiliadora, e a Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Rosane Silva.

O Secretário Geral da CUT/SP, Sebastião Cardozo, lembrou das lutas das mulheres, e afirmou que estas não deveriam ser comemoradas em apenas um mês ou ano, mas  sim em todos os dias, pois as conquistas são frutos da determinação e da mobilização de todas as companheiras. “Sabemos das diversas conquistas e lutas das trabalhadoras, porém não podemos deixar de reivindicar a mudança na grade curricular de nossas crianças, que são deformadas por esse processo de discriminação e de desigualdade, ainda presentes nas salas de aula brasileiras”.

O Presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, ressaltou a importância da extensão da licença maternidade para a mãe e para o pai. “A extensão do benefício também para os pais da criança é importante para que na hora da contratação não ocorra preconceitos por parte do empregador contra as mulheres devido á licença maternidade, pois ampliando-se para o pai, essa teoria deixa de valer para o empresariado”, apontou.

A Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Rosane Silva, destacou a necessidade da ratificação da convenção 156 da OIT, que prevê a responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres na criação dos filhos. “Temos que pressionar o Congresso Nacional para a ratificação da convenção 156, pois, queremos ter as mesmas oportunidades que os homens no mercado de trabalho, afinal os filhos são responsabilidade do casal”.

Também compareceu ao auditório da CUT a ex-Ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, que lembrou de sua militância no movimento negro e feminista além de defender o sistema de cotas nas universidades. Matilde ainda aproveitou para falar do 2º encontro de mulheres metalúrgicas do ABC. “Neste segundo encontro que ocorre depois de 32 anos, pretendemos mobilizar a categoria e reforçar o debate público pelo direito das mulheres”.