Greve dos trabalhadores terceirizados da Repar continua

As comissões de representação dos trabalhadores e dos patrões voltaram a se reunir em audiência…

CUT-PR

As comissões de representação dos trabalhadores e dos patrões voltaram a se reunir em audiência no Tribunal Regional do Trabalho [TRT], em Curitiba, na tarde de segunda-feira [20], para retormar as negociações, que haviam sido iniciadas na sexta-feira [17], com vistas a fechar um acordo para o encerramento da greve nas obras de ampliação e manutenção da Repar/Petrobrás e Fosfértil, em Araucária. O movimento começou no dia 07 de julho e entra em sua terceira semana com adesão total dos trabalhadores e as obras 100% paralisadas.

Durante a audiência, que se estendeu até as primeiras horas da noite, os patrões apresentaram uma nova proposta. Depois de muito debate, ficou firmada ata no TRT na qual o empresariado propõe 8,5% de reajuste salarial; ajuda de custo e cesta básica de R$ 110,00 no total, independente do trabalhador estar alojado ou não; piso salarial mínimo de R$ 720,00; um dia de folga mais a passagem para visitar a família a cada 90 dias, mas somente para aqueles que moram há mais de 200 km do local de trabalho; Participação nos Lucros e Resultados de um salário-base, vinculado ao programa de metas das empresas; contrato de experiência de 30 e 60 dias; horas-extras de 60% e 120%; e cesta básica natalina no valor de R$ 60,00.

Por outro lado, os empresários se negaram a pagar abono salarial e não se manifestaram quanto ao pagamento dos dias parados e também sobre a indenização por tempo de serviço.

A CUT e os sindicatos avaliaram que finalmente os patrões sinalizaram com a abertura da negociação, quando apresentam uma proposta um pouco melhor do que aquela rejeitada no início da greve, mas ainda a consideraram insuficiente. De acordo com a comissão dos trabalhadores, para a greve acabar, será necessário avançar na contraproposta patronal, afinal, colocam no mesmo pacote a cesta básica e a ajuda de custo, quando, na verdade, são reivindicações distintas e precisam ter um valor melhor. Também avalia que é inaceitável a dispensa de apenas um dia para o trabalhador visitar sua família. Por isso, a assembleia que aconteceu nesta terça-feira [21], nos portões PV-9 e PV-5 da Repar, rejeitou a contraproposta patronal.

Nova audiência de conciliação entre as partes acontece na próxima quarta-feira [22], novamente no TRT. A Expectativa é de uma nova contraproposta, com mais avanços, seja apresentada. Caso contrário, o movimento grevista deve ser ainda mais intensificado.