Práticas antissindicais: Petrobrás obtém interdito proibitório contra greve de terceirizados na Repar

As práticas antissindicais estão tornando-se rotina na Petrobrás. Os interditos proibitórios,…

Imprensa da FUP

As práticas antissindicais estão tornando-se rotina na Petrobrás. Os interditos proibitórios, medida judicial utilizada pelos coronéis e latifundiários contra o MST, foram incorporados de vez pela Petrobrás em suas ações arbitrárias contra o direito de greve. Após a avalanche de liminares que marcou os cinco dias da greve de março, a empresa volta a atacar as organizações sindicais.

Na quinta-feira, 16, a CUT Paraná, o Sindipetro-PR/SC e outros cinco sindicatos do estado foram notificados com interditos proibitórios ingressados pela Petrobrás, em função da greve dos trabalhadores terceirizados da Repar. Cada entidade sindical, incluindo a CUT, terá que pagar multa diária de R$ 50 mil, se descumprirem a liminar obtida pela estatal.

Greve prossegue

Cerca de dez mil trabalhadores terceirizados da Repar e da Fosfértil, no Paraná, estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 07 de julho. As 31 empresas prestadoras de serviço se negam a atender à pauta unificada de reivindicações da categoria. Já foram realizadas quatro rodadas de negociação, mas não houve avanços por parte dos patrões, que insistem em uma contraproposta que já foi rejeitada pelos trabalhadores. Os dirigentes da FUP estão acompanhando a greve, prestando apoio e solidariedade aos terceirizados, que lutam por piso de R$ 897,60, correção salarial pelo INPC mais 20% de aumento real, cesta-básica, fim do contrato por obra certa, entre outras reivindicações.

Veja aqui reportagem no youtube sobre a greve. 

"Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo"

A I Plenária Nacional da FUP aprovou uma mobilização nacional contra os ataques da Petrobrás às organizações sindicais, que deverá ser realizada no dia da apresentação da pauta de reivindicações dos petroleiros. A categoria também aprovou denunciar a Petrobrás por práticas antissindicais à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e entidades sindicais internacionais, como a ICEM e a UIS/FSM. Recentemente, a empresa já havia anunciado punições arbitrárias contra cerca de 90 trabalhadores da Bacia de Campos por participação na greve de março.