Primeira oficina trata da greve de 95 e seu impacto histórico

Após a “mística” apresentada pelos trabalhadores do MST, foram abertos oficialmente os trabalhos…

Imprensa Sindipetro NF

Após a “mística” apresentada pelos trabalhadores do MST, foram abertos oficialmente os trabalhos do segundo dia da 1ª Plenafup com a exibição de um vídeo sobre a greve de março deste ano. Em seguida, começou a primeira oficina que tratou da “A História de um roubo: a destruição do monopólio estatal e as concessões de petróleo e gás” com o petroleiro e cientista social, Francisco Lisboa Romão e “Greve de 95, quebra do monopólio e Lei 9478”  com Normando Rodrigues, assessor Jurídico da FUP  e do Sindipetro-NF.

Francisco Lisboa apresentou um resumo de sua tese de doutorado apresentada na Unicamp que tratou das greves dos petroleiros. Para Lisboa, a greve de 95 se insere dentro da história, e não está deslocada das outras greves de resistência como a de 1983. “O que levou os petroleiros a manter a greve foi  que a categoria tinha clareza que o governo FHC assumiu uma linha de implementar a organização do neoliberalismo” – afirmou.  Lisboa disse que durante sua pesquisa a maioria dos trabalhadores reafirmava que se sentiam desrespeitados em sua dignidade.
Lisboa também falou da relação dos petroleiros com as mudanças de rumo no país e que uma das marcas da categoria é a solidariedade com outras categorias.

Em seguida, Normando falou do impacto da greve e da construção da Lei 9478, que quebrou o monopólio. Para ele é importante construir nesse momento de descobertas do pré-sal uma nova Lei do Petróleo que irá regulamentar o setor.