Trabalhadores relatam pendências de segurança nas plataformas da Bacia de Campos

O Sindipetro-NF publica a relação das pendências relatadas pelos trabalhadores da Bacia…

Sindipetro NF

O Sindipetro-NF publica a relação das pendências relatadas pelos trabalhadores da Bacia de Campos sobre segurança e saúde nas plataformas. Os dados foram enviados durante as assembleias que aprovaram a greve de março, que teve entre as suas reivindicações a melhorias na área de SMS. Os relatos dos petroleiros também serão enviados para a Delegacia Regional do Trabalho, para que o órgão cobre providências da empresa e fique alertado para, em caso de acidentes, saber a origem do problema.

Para o NF, no entanto, por mais que o sindicato denuncie a empresa em órgãos fiscalizadores, essa situação só vai mudar se os trabalhadores se conscientizarem de que o uso do direito de recusa e as mobilizações por condições de segurança são suas principais armas.

 As plataformas que não estão listadas abaixo ainda podem enviar seus relatos.

Veja as pendências por plataforma:

P-19
1- Caps dos header´s de gás lift e óleo apresentando corrosão severa;
2 – Trechos do oleoduto com baixa espessura e reparos com resina;
3 – Vazamentos de gás no TC-B;
4 – Injeção de produtos químicos com interligações;
5 – Integridade das linhas do oleoduto próximo às ZVM, com trechos abaixo da espessura mínima de projeto;
6 – Reavaliação da ambiência da unidade;
7 – Cursos normativos vencidos;
8 – Turno noturno com apenas um técnico de estabilidade.
 
PGP-1
1 – Bote resgate inoperante;
2- Vazamento de gás na 21-ESOV-209 e outras;
3- Risco de queda de carga suspensa sobre container de alojamento;
4 – Mais de mil recomendações de inspeção pendentes;
5- Caixas, cabos e tubulações em péssimo estado de conservação
 
PRA-1
1 – Efetivo incompleto. “PEO” subdimensionado e agravado pelo não cumprimento do que está sendo determinado nele próprio, acarretando:
– Postos de trabalho incompletos na operação, manutenção e faina de emergência.;
2 – Comprometimento do abandono da plataforma devido a:
– escada de acesso ao cellar deck pela face deste danificada;
– escada e plataforma de abandono no cellar deck danificiada.
3 – ADV´s: existem três válvulas inoperantes.
4 –  O sistema de drenagem está com seu analisador de óleo e graxa do descarte de águas oleosas para overboard inoperantes, portanto os resíduos de piso de áreas classificadas e não classificadas estão sendo descartados indiscriminadamente para o mar.
5 – Ausência de guarda-corpo no acesso as baleeiras;
6 – Piso escorregadio, inclusive na rota de fuga.
 
PPG-1
1  – Spider Deck de Pargo B – “Inexistência de piso”. Estamos andando sobre andaimes;
2 – Torre de Telecomunicações – com corrosão avançada;
3 – Eletrocalhas – com corrosão avançada;
4 – RTI – “Existem mais de 1150 em pendência, necessitando priorização”.
5 – Sistema de esgoto – com corrosão avançada;
6 – Climatização da plataforma – Já é pendência da CIPA a ineficiência do sistema de ar condicionado. As URAs (unidade de resfriamento de água) que são insuficientes;
 
PNA-1
1 – Escadas e guarda-corpo com alto grau de corrosão, ocasionando rotas de fugas fechadas. Obras devem ser aceleradas.
2 – Condições de habitabilidade precárias, necessitando de melhorias os banheiros e camarotes
3 – Grades de piso com corrosão;
4 – Queda de trechos corrosíveis dos elementos estruturais e proteção passiva;
5 – Ausência de lazer: quadra de esportes e sauna interditados. Faltam salas de leituras, e de TV para o pessoal do turno. Quantidade de internet recreativa pequena.
 
PCH-1
1 – Iluminação da torre das sonda 05;
2 – PN Elétricos da sonda em péssimo estado;
3 – PN de fogo e gás não toma ação; só alarma;
4 – Sistema de injeção de água operando com pressão acima do projeto;
5 – PN 992 oferecendo auto risco;
6 –  Linhas do sistema de dilúvio e outras; com baixa espessura;
 
PCH-2
1 – Estado precário de estruturas (vigas, guarda-corpos, pisos gradeados, suportes de luminárias, etc)
2 – Constantes vazamentos em linhas de descarte de água produzida;
3 – Número reduzido de pessoal, como por exemplo: a equipe de manutenção fazendo o turno noturno com apenas uma pessoa, o operador de Facilidades de Elétrica trabalhando no turno noturno sozinho (descumprimento da NR-10), etc;
4 – Mangotes sendo utilizados no descarte de Água Produzida no spider-deck, inclusive obstruindo rotas de fuga;
5 – Sucateamente do Sistema de V.A.C., prejudicando o repouso dos trabalhadores na plataforma e consequentemente interferindo no estado de atenção (físico-mental) necessário para os trabalhos do dia seguinte.
 
PVM-2
1 – Inoperância do acendedor do queimador de gás (sendo o mesmo lançado para atmosfera e, dependendo do vento, contra a plataforma);
2 – Improviso do oleoduto de exportação (hoje utiliza-se antigo gasoduto desativado – de 6”, pois o oleoduto de operação de 10” encontras-se furado), causando alta pressão na linha;
3 – Operador de produção e cozinheiro trabalham sozinhos, no turno da noite;
4 – Ausência freqüente de profissional primeirizado, com formação elétrica, para emissão de PT elétrica;
5 – Falta de apresentação da análise de risco da implantação da Sala de Controle remoto das plataformas de Vermelho;
 
P-07
1 – Brigada com contingente reduzido;
2 – Áreas com painéis elétricos habitados (sala de controle das turbinas);
3 – Sistema de exaustão do banheiro deficiente;
4 – Ausência de plano de contingência em caso de falta de aeronave;
5 – Equipes reduzidas;
 
P-08
1 – Pessoas trabalhando na Sala de Lastro e Facilidades (painéis elétricos e barramentos de 600V). Houve o remanejamento de parte do pessoal (Facilidades) para um container provisório o qual não tem telas de monitoramento do Sistema de Geração. A equipe de Lastro e o MT permanecem na sala, inclusive emitindo PTs, devido a falta de local adequado para a execução das tarefas, incluindo o monitoramento da estabilidade de Plataforma.
2 – Sala de painéis elétricos (baixa tensão) com deficiência da ventilação e entrada de água;
3 – Sala de painéis de alta tensão sem ventilação;
4 – Sistema de ancoragem inoperante e sem condições de uso;
5 – Sala de pontoons de boreste e bombordo com deficiência de ventilação e exaustão, com registro de H²S. O acesso e ao pontoon de boreste e o retorno deste são críticos pois, para isto, tem-se que passar muito próximo a painel elétrico de alta tensão ou pela sala dos Novos Geradores.
 
P-12
1 – Sistema de combate incêndio elétrico (caindo a geração, o sistema para de funcionar), deficiente, subdimensionado e não existe bomba de incêndio diesel.
2 – Desvio de função da manutenção (mecânica e elétrica) para operação de facilidade. A maioria do pessoal da manutenção tem menos de 5 anos de empresa, não possui treinamento específico da operação. Essa prática vem sendo adotada nos últimos tempos a fim de evitar custo com horas extras.
3 – Guindaste de bombordo operando com mesa de giro com grande folga e pedestal com trinca. Emitido RTI prioridade A, pelo grupo responsável e neste caso o guindaste deveria ser paralisado imediatamente. Porém a liderança não recebeu o relatório.
4 – Poço BI-23 (poço de maior potencial da unidade) não está contemplado na matriz de causa e efeito de ESD-3, levando ao mascaramento dos shut downs da plataforma. Quando ocorre um shut down o poço continua produzindo
5 – Sistema de dilúvio cincompleto, com acionamento em by-pass e operando manualmente no campo.
 
P-15
1 – Sistema de Salvatagem – Nossas baleeiras são muito antigas, de difícil acesso e condições de abandono, com os cascos muitas vezes reparados/remendados e com cinto de segurança que nem todos os tripulantes conseguem afivelar. Vide últimos simulados onde nem 10% da tripulação em 15 minutos de simulado conseguiu utilizar o cinto corretamente, que dirá numa situação real. Sem contar que temos baleeiras novas largadas ao tempo em terra sem previsão de instalação aqui na unidade.
2 – Combate à Incêndio (Brigada e Equipamentos de Combate) – Não temos o número de pessoas suficientes para preencher o quadro de brigadistas e nosso sistema de combate (bombas, motores, linhas de aço carbono e cobre/níquel) não tem capacidade de combater adequadamente incêndios, inclusive há relatórios do próprio suporte técnico da empresa. As tubulações são todas remendadas e não temos confiança em interligar os sistemas de combate das plantas de óleo e gás com o da embarcação em geral, pois todas as vezes que fizemos isso ocorreram furos e vazamentos, devido ao alto grau de deteriorização das linhas.
3 – Atendimento às Recomendações Técnicas de Inspeção – A plataforma não está atendendo adequadamente as RTI´s, principalmente as referentes à Segurança Industrial e Estrutura da plataforma. A maioria das obras é para atender o aumento da produção de óleo e gás. Enquanto estão correndo com obras para atender a instalação de um MOTOCOMPRESSOR, temos piso furados, estruturas que até pouco tempo estavam escoradas com andaime, linhas de refrigeração e esgoto sanitário furadas/obstruídas, câmaras frigoríficas ineficientes, sistema de lastro comprometido com obras inacabadas, sistema de drenagem aberta e fechada quase inexistente e/ou inoperante, etc.
4 – Sistema de INTERCOM – Nosso INTERCOM encontra-se extremamente deteriorado, com diversos pontos surdos e locais críticos como planta de óleo, gás e acesso às baleeiras. Vale ressaltar também que o acionamento do INTERCOM via telefone não funciona e não há previsão de reparos. Estamos nessas condições a mais de 01 ano.
5 – Número excessivo de obras críticas – O excesso de obras potencializa o risco de acidentes. Todas as obras executadas aqui tem caráter de emergência, obrigando operadores e técnicos de segurança a emitirem simultaneamente PT´s com elevado nível de criticidade e perigo. Simultaneidades não são raras e estamos sempre na lotação máxima, não sendo difícil a solicitação de desembarque de funcionários essenciais ao andamento das operações para atender mão de obra para serviços.
 
P-18
1 – Acendimento automático do flare inoperante;
2 – Entupimentos nas linhas de suspiros dos tanques de lastro, podendo acarretar em deformação estrutural nos tanques;
3 – Válvulas de bloqueio manual do anel de incêndio principal e secundário dando passagem;
4 – Alto índice de corrosão em linhas pressurizadas localizadas em  áreas críticas da plataforma, com header de gás lift.
5 – Deficiência no sistema de fim de curso da bola e do moitão dos guindastes da plataforma;
6 – Alta rotatividade de mão-de-obra da equipe de movimentação de carga.
7 – Fitro do tubo de despejo sem bloqueio a montante e a jusante.
8 – Sistema usado atualmente de lavagem da turbina inapropriado, pois o trabalhador ao executar esta tarefa fica muito próximo ao eixo da mesma;
9 – Convés reduzido para a movimentação de carga;
10 – Sistema de lançamento e içamento do bote de resgate;
11 – Corrosão acentuada nas paredes internas das salas de bombas dos pontoons;
12 – Reserva de carga na geração principal para atender a partida da bomba elétrica de incêndio;
 
P-19
1 – Caps dos header’s de gás lift e óleo apresentando corrosão severa;
2 – Trechos do oleocuto com baixa espessura e reparos com resina;
3 – Vazamentos de gás no TC-B;
4 – Injeção de produtos químicos com interligações adaptadas comprometendo a segurança dos operadores;
5 – Integridade das linhas do oleoduto próximo às ZVm, com trechos abaixo da espessura mínima de projeto;
6 – Reavaliação da ambiência da unidade;
7 – Cursos normativos vencidos;
8 – Turno noturno com apenas um técnico de estabilidades;
 
P-20
1- Aquecimento indevido do piso do convés principal, próximo ao turbocompressor A, motocompressor A e unidade de glicol, devido não-conformidades na descarga dos motogeradores. Há riscos de incêndio e explosão, sendo que já há histórico de 2 incêndios no TC-A em conseqüência da “chapa quente”. As temperaturas são relatadas diariamente na SITOP e no BDP de P-20;
2 – Falha na dispersão de monóxido de carbono gerado pela descarga dos motogeradores. Dependendo das condições atmosféricas, compromete a habitabilidade, o trabalho e saúde dos trabalhadores;
3 – Funcionamento do ar condicionado central em não-conformidade com a legislação vigente. Causando freqüentes epidemias respiratórias e desconforto térmico;
4 – Todas as escadas de evacuação da UM estão comprometidas por estado de corrosão avançada. Risco iminente de homem ao mar;
5 – Guincho de âncora e amarração comprometidos pela alta corrosão, colocando os trabalhadores e a integridade da UM em risco;
6 – Pisos gradeados da área de evacuação, Zona-202, estão comprometidos. Seu uso só é possível, por meio de tábuas sobrepostas à estrutura corroída. Risco iminente de homem ao mar;
7 – Falta de banheiro coletivo na área em não conformidade com legislação;
8 – Válvula de escoamento do oleoduto com acentuado vazamento;
9 – Várias pendência da DNV não resolvidas as quais impactam a renovação de seguro e segurança da Plataforma, tendo termo de ajuste de conduta sido assinado com prazo a vencer.
 
P-23
1 – Tensionadores de Risers com vazamento;
2 – Bote de resgate inoperante;
3 – Motogeradores a diesel com falta de manutenção adequada;
4 – Secadoras de ar de serviço apresentando péssimo desempenho e;
5 – Corrosão generalizada na plataforma e sistemas.
 
P-26
1- Drenagem manual da torre de glicol para a atmosfera: vaso pressurizado com gás a 162 kgf/cm²;
2 – Operação da válvula Daniel do Separador de teste sem estanqueidade: troca de placa sendo realizada com vazamento de gás na area;
3 – Elevador de boreste inoperante há quatro meses devido à falta de conversor: gera necessidade de uso de escada “quebra-peito” sem guarda-corpo;
4 – Vazamento de gás pela SDV-513501 e LV-513501 do sistema de gás combustível;
5 – Vazamento de gás pela BDV – 1223322 do gás combustível do TC-A.
 
P-27
1 – Manutenção dos MD´s com horas vencidas (2 incêndios) colocando em riscos todos os residentes;
2 – Descarga do MD´s (obra parada), causando desconforto aos residentes;
3 – Ar condicionado com deficiência, mesmo após troca do evaporador, este vem apresentando deficiência;
4 – Grupos de trabalho embarcando incompletos, descumprindo as exigências do PEO;
5 – Trincas na estrutura da plataforma sendo monitoradas, porém com existências de vazamentos internos entre os tanques de lastro.
 
P-33
1 – Canhões remotos de combate a incêndio inoperantes;
2 – Linhas de gás e óleo em avançado estado de corrosão. Algumas linhas operam com improvisos de abraçadeiras e tubolite;
3 – Sistema de espuma (linhas de LGE) em avançado estado de corrosão com válvulas inoperantes;
4 – Praça de máquinas com alta temperatura, vazamentos de vapor, geração principal ineficiente e geradores/compressores alugados de forma a suprir a demanda;
5 – Sala de TC habitada e coberta por sistema de CO2;
 
P-37
1 – Situação do efetivo em Facilidades/Produção e em Manutenção;
2 – Sistema de espuma;
3 – Situação de by-pass dos sensores de gás no turret;
4 – Hidrantes (corrosão nas roscas com ocorrência de projeção de válvulas);
5 – Vazamento de gás no Pip Rack;
6 – Situação da Caldeiraria;
 
P-38
1- Um oficial de náutica e um marinheiro, assim como toda a equipe de movimentação de cargas, são de empresa contratada e trabalham em descumprimento as normas trabalhistas no que concerne às suas horas de descanso com jornada de trabalho ininterrupta e excessiva.
2 – A falta do facilitador de SMS na unidade incorre em sobrecarga das atividades do técnico de segurança, perda do trabalho de sensibilização nas questões de meio ambiente, saúde e segurança, aumento dos índices de acidentes e perda da qualidade de vida na unidades.
3 – Todas as operações da unidade (facilidade, estabilidade, movimentação de cargas, operação fim da unidade, equipamento de combate a incêndio, equipamento de salvatagem), sob a responsabilidade de apenas uma (1) supervisão – Coemb -, dificultando o trabalho dos profissionais a ele subordinados;
4 – Despressurização dos tanques é realizada individualmente tanque a tanque no nível do convés;
5 – Demora excessiva em atender as reivindicações da CIPA.
 
P-48
1 – Equipes de emergência (socorristas, espaço confinado, etc) sem treinamento adequado e/ou treinamento feito abaixo das condições consideradas adequadas;
2 – Segurança de vôo;
3 – Volume de serviços programados acima da capacidade de acompanhamento dos emitentes;
4 – Não observância das prioridades levantadas nas reuniões da CIPA;
5 – Falta de reposição de postos de trabalho em caso de férias, licenças médicas, etc.
6 – Falta de realização de uma parada programada para manutenção na unidade, que já foi postergada inúmeras vezes.
 
P-50
1 – Segurança no transporte aéreo;
2 – Equipamentos de movimentação de carga sem comissionamento e inoperantes: talhas, guindastes e trolley;
3 – Corrosão acentuada em equipamentos e tubulações pressurizados na unidade;
4 – Retirados os sistemas de fluxo mínimo da partida das bombas de injeção de água, que operam com 200kgf de pressão;
5 – Deficiência no sistema de combate a incêndio: – bateria de CO2 do módulo P-09; – Bomba “A” de combate a incêndio inoperante; – ADVs dando passagem.
 
P-53
1- Heliponto, limitação de pouso em função do posicionamento do mesmo em relação ao casario, cortando o fluxo do vento fazendo com que as aeronaves fiquem sem sustentação;
2 – Sensores de UV estima-se em no mínimo 6 meses sem proteção até troca dos instrumentos;
3 – ADV´s isolados devido problemas com atuadores;
4 – CO2, em manual por atuar indevidamente;
5 – Área do Turret, 4 hidrantes com as válvulas de bloqueio travadas fechadas;
6 – P 01 (regeneração de glicol) deficiência no número de extintores.