Movimento se radicaliza na Replan

Em vez de buscar o caminho do diálogo e da negociação, a Petrobrás resolveu radicalizar, mantendo…

Sindipetro Unificado de São Paulo

Em vez de buscar o caminho do diálogo e da negociação, a Petrobrás resolveu radicalizar, mantendo a ferro e fogo uma equipe de contingência que não tem condições nem efetivos suficientes para manter a segurança da refinaria. Para pressionar, está enviando telegramas para a casa dos trabalhadores, afirmando que a reivindicação é de uma minoria dos trabalhadores – como se a minoria não tivesse o direito de lutar. Completando seu desespero, a Petrobrás está alugando helicópteros para transportar gerentes para dentro da refinaria.

Como resposta, os trabalhadores das empresas terceirizadas deliberam, na manhã desta quarta-feira, terceiro dia de greve, aderir ao movimento em uma paralisação de 24 horas em solidariedade aos petroleiros e petroleiras, que lutam pelo extra-turno. Grande contingente de trabalhadores se postou em frente às portarias, impedindo a entrada de caminhões. "Lutamos neste momento pelo direito de uma minoria de trabalhadores, como lutaríamos pelo direito de um único petroleiro, esta é a obrigação do movimento sindical e os trabalhadores entenderam isso e estão todos solidários nesta luta", afirmou o coordenador do Sindipetro Unificado, Itamar Sanches.

EDISP – Depois dos companheiros da Recap, em Mauá (que realizaram paralisação de 24 horas entre segunda e terça-feira), os trabalhadores do escritório da Petrobrás, localizado na avenida Paulista, realizam atraso de 1 hora no retorno do almoço desta quinta-feira, como solidariedade à greve na Replan. Como protesto, usarão uma fita de cor preta no braço.

Nesta sexta-feira, os petroleiros da Replan realizam nova assembléia para avaliar o movimento e definir se a greve continua ou se retornam ao trabalho. A assembléia anterior havia aprovado a greve por cinco dias.