Greve na Replan: trabalhadores terceirizados se solidarizam com grevistas

Cerca de 5.000 trabalhadores terceirizados participaram das assembléias diárias da Replan…

Imprensa da FUP

Cerca de 5.000 trabalhadores terceirizados da Replan aprovaram em assembléia, realizada nesta quarta-feira pela manhã, realizar uma mobilização de 24 horas, em solidariedade aos trabalhadores próprios da Petrobrás que estão há três dias em greve.

Na Recap, em Mauá, os trabalhadores voltaram ao trabalho, ontem, na troca de turno das 15h, depois de 24h de paralisação e solidariedade aos companheiros da Replan.

Os trabalhadores terceirizados e próprios do Edisp, sede administrativa da Petrobrás em São Paulo, irão realizar um ato, amanhã, 05, à partir das 11h30, na entrada do almoço e já estão apoiando os petroleiros em greve, com tarja preta nos crachás. Os protestos continuam até sexta-feira.

Adesão total à greve na Replan

Os trabalhadores da Replan seguem fortes no terceiro dia de greve, com adesão de todos os trabalhadores do turno e administrativo. Os petroleiros do Grupo 5 do turno, que foram mantidos pela Petrobrás operando a refinaria, foram liberados na terça-feira, 03.. Após várias negociações com o Sindipetro Unificado-SP, a gerência geral da Replan finalmente concordou em liberar os cerca de 70 petroleiros do grupo, que havia assumido o turno às 15h de domingo (01). Por volta das 11h30 desta terça-feira, 03, os trabalhadores foram liberados, depois de permanecerem 45 horas operando a refinaria. A Petrobrás assumiu a operação da Replan com um grupo de contingência formado por gerentes e supervisores, cujo efetivo, segundo denuncia o sindicato, está muito abaixo do mínimo necessário, colocando em risco a segurança operacional e expondo a comunidade local.

Conselho Deliberativo da FUP discute indicativo nacional

O Conselho Consultivo da FUP está reunido nesta quarta-feira, 04, para discutir os próximos encaminhamentos em relação à PLR e demais lutas da categoria. A direção da Federação irá pautar também a discussão de uma mobilização nacional, em apoio e solidariedade aos trabalhadores da Replan. No entendimento da FUP, além da dobradinha ser um direito de todos os petroleiros de turno, o ataque que a Petrobrás está fazendo contra os trabalhadores da Refinaria de Paulínia coloca em risco outros direitos da categoria. 

Entenda a luta dos petroleiros da Replan

Os petroleiros de Paulínia (SP) entraram em greve à zero hora de segunda-feira, 02, para pressionar a Petrobrás a cumprir decisão judicial referente ao extraturno (pagamento em dobro dos feriados trabalhados). Em 1999, os trabalhadores da Replan, através de ação judicial ganha pelo sindicato, mantiveram o pagamento do extraturno, que foi usurpado da categoria por meio de uma indenização proposta pela Petrobrás durante o governo neoliberal do tucanato. De lá para cá, a dobradinha continuou sendo paga a todos os petroleiros de turno da refinaria, inclusive os que foram admitidos posteriormente. A Petrobrás agora quer cortar este direito dos trabalhadores admitidos após 1999, mantendo o extraturno somente para quem foi contemplado na época pela ação do sindicato. A greve está prevista para seguir até a meia noite de sexta-feira, 06, caso a empresa não volte atrás nesta decisão arbitrária.