Petroleiros denunciam má gestão no Heliporto do Farol e caos aéreo na Bacia de Campos

[Da imprensa do Sindipetro-NF]

Os petroleiros que embarcariam nesta terça, 22, estão enfrentando um dia de caos aéreo na região devido a falta de gestão da Petrobrás. No heliporto do Farol, além do o saguão ficar lotado, trabalhadores que saíram de madrugada da cidade de Macaé para embarcar estão há mais de oito horas sem se alimentar, apenas com o lanche fornecido pela empresa no ônibus. Segundo os petroleiros no local, a gestão da empresa não fornece sequer alimentação e proíbe que os trabalhadores saiam para comprar qualquer alimento.

Semana passada o Sindipetro-NF denunciou a situação que esses trabalhadores estão sendo submetidos por conta do protocolo COVID adotado de forma unilateral pela empresa, sem conversar com o sindicato, que já alertou diversas vezes sobre a necessidade de levar em conta a realidade dos trabalhadores.

Com quase 60% dos vôos transferidos por conta das péssimas condições meteorológicas, os trabalhadores e trabalhadoras aguardam nos aeroportos por respostas da Petrobrás sobre onde ficarão alojados e onde se alimentarão.

“O que percebemos sempre nesses momentos de crise é que a logística não funciona e a Petrobrás não dá os devidos esclarecimentos à categoria. A desinformação é geral” – afirma o Coordenador do Departamento de Saúde, Alexandre Vieira, que disse já ter entrado em contato com a gestão para informar o problema.

A diretoria do Sindipetro-NF atesta que a falta de planejamento e infraestrutura, que há anos tem causado transtornos para a categoria petroleira, piorou com a nova gestão e intensificou ainda mais com a pandemia.  A empresa insiste na adoção de um protocolo para a COVID-19 sem ouvir a direção sindical e causa ainda mais sofrimento à categoria petroleira.

O sindicato exige um posicionamento urgente da Petrobrás, porque os trabalhadores encontram-se em uma situação difícil e de abandono. Também solicita a categoria que mantenha o sindicato informado sobre esse ocorrido e quaisquer outros acontecimentos que  trabalhadores e trabalhadoras considerem graves através dos celulares dos diretores ou do e-mail [email protected].