Contraproposta começa a ser aprovada nos estados de Pernambuco e Paraíba

[Da imprensa do Sindipetro-PE/PB]

A segunda-feira (31) começou com mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras lotados(as) no Terminal Aquaviário de Suape (PE) e da Base de João Pessoa (PB). As três primeiras assembleias, realizadas com os petroleiros e as petroleiras do turno e do ADM deram o tom dos encontros seguintes, que irão votar a nova contraproposta apresentada pela empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Até o momento, 95% da categoria em Pernambuco tem aprovado a contraproposta, seguindo o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP). As assembleias foram realizadas as 7h (com o Grupo D) e as 7h30 (com o ADM de ambas as bases).

Nas assembleias realizadas na manhã de hoje, as bases tiveram a oportunidade de debater a contraproposta e sanar dúvidas pertinentes, como questões referentes ao regramento do teletrabalho e possíveis processos de privatização que preocupam os trabalhadores e trabalhadoras do TA Suape, unidade está inclusa no projeto de criação da Subsidiária do Nordeste (anunciado por Roberto Castello Branco, no final do mês de junho), da qual a Petrobrás pretende vender 60% das ações.

“Nesse momento”, diz o diretor administrativo do Sindipetro PE/PB, Luiz Lourenzon, “depois de uma análise feita através de todos os sindicatos da FUP, o entendimento é que essa proposta que hoje está sendo colocada em pauta, é a melhor (no momento)”. Segundo ele, alguns pontos se destacam para a aprovação da contraproposta, como a renovação do acordo por mais dois anos (preservando conquistas históricas da categoria), bem como a garantia de emprego nos próximos dois anos de turbulência que se anunciam.

“Com isso”, diz o dirigente sindical, “a maior luta vai se travar após a aprovação desse acordo, que é a luta contra privatizações; uma outra esfera e um outro patamar de lutas que não é só da Petrobrás, mas sim, de todas as demais empresas públicas brasileiras que, atualmente, estão passando por esse processo de sucateamento”.

De fato, a gestão de Roberto Castello Branco, alinhada à política de desinvestimento e privatizações do ministro da economia, Paulo Guedes, tem, cada vez mais, se movimentado no sentido de caminhar rumo à entrega de refinarias e terminais de distribuição, além de outras unidades operacionais; seja por meio da venda de ativos da empresa, ou do sucateamento das suas atividades produtivas, ou mesmo, através da desintegração do Sistema Petrobrás e da criação de empresas subsidiárias nas Regiões Nordeste e Sul.

Diante desse quadro, a aprovação de um ACT que garanta não apenas a manutenção dos direitos, mas também a estabilidade de empregos é de extrema importância para barrar o entreguismo bolsonarista.

Próximas assembleias

Os encontros para avaliar, discutir e deliberar a última contraproposta apresentada pela empresa serão realizadas até o dia 8 de setembro.

Privatizar faz mal ao Brasil!