Representação sindical dos petroleiros completa 65 anos com muitas conquistas

 

A organização sindical da categoria petroleira completa 65 anos de existência nessa quinta-feira, 17 de outubro. São décadas de muita luta, sofrimento, alegrias, derrotas e, principalmente, conquistas.

Desde a década de 1950 foram muitos os petroleiros que abdicaram do convívio e aprendizado constante com os colegas no chão da fábrica para assumir um papel nada fácil: o de dirigente sindical.

Muitos sacrificaram suas vidas pessoais em nome do coletivo. Outros ajudaram na luta da forma que puderam. O certo é que hoje o sindicato dos petroleiros da Bahia é um dos maiores do Norte e Nordeste e, nacionalmente, a categoria é muito respeitada pela sua história de luta e vista como uma das mais fortes e combativas do Brasil.


Veja aqui a história nacional da organização sindical petroleira que deu origem à FUP


No maior estado do Nordeste, desde o seu primórdio, a história dos sindicatos dos petroleiros da Bahia se confunde com a própria história da luta pelo descobrimento e produção de petróleo no Brasil.

Foi em Salvador, na zona rural, no local onde hoje está localizado o bairro do Lobato, que em 1939, jorrou o petróleo pela primeira vez no Brasil. Mas foi só em 1941 que o óleo negro passou a ser comercializado, a partir da descoberta do poço Candeias 1.

O surgimento dessa nova riqueza incentivou, em 1953, a oficialização do monopólio estatal sobre a atividade petrolífera e a criação da empresa estatal “Petróleo Brasileiro S.A.”, mais conhecida como Petrobras. Até 1965, a Bahia foi o único estado nacional a produzir petróleo.

No processo de consolidação da descoberta e produção do petróleo, logo após a criação da Petrobrás, pelo governo Getúlio Vargas, surge em outubro de 1954 a Associação Profissional dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo no Estado da Bahia, que foi fundada em 17 de outubro, após a realização de sua primeira assembleia.

Em novembro de 1957, após cumprimento dos trâmites legais exigidos pela legislação da época, a associação se transforma em sindicato. Surge  o STIEP  Bahia (Sindicato dos Trabalhadores de Extração de Petróleo).

Antes mesmo da criação da Petrobras, Em 1948, começa a funcionar na Bahia a Refinaria de Mataripe (RLAM), porém, somente em 1959, no período de ampliação da refinaria é que surge o Sindipetro – sindicato dos petroleiros no refino.

De 1959 até 1996, estes dois sindicatos – STIEP e Sindipetro – representaram os petroleiros na Bahia.

Em 1996, com duas diretorias CUTistas, acontece a unificação do STIEP com o Sindipetro, nascendo o SUP – Sindicato Único dos Petroleiros da Bahia.

Na década de 1990, com a crescente ofensiva neoliberal e a junção de grandes empresas, a CUT propõe a implantação de sindicatos por ramos de atividades como forma de fortalecer as entidades sindicais e as categorias.

Foi seguindo o indicativo da Central que o SUP se unificou ao Sindiquímica. Em abril de 2000, foi reconhecida, oficialmente, a união dos dois sindicatos, surgindo o Sindicato dos Químicos/Petroleiros-Bahia.

Mas no ano de 2011, no mês de agosto, atendendo à reivindicação da categoria petroleira, os dois sindicatos se separaram, sendo criado novamente o Sindipetro Bahia, que hoje atua como sindicato cidadão, representando a categoria petroleira em todo o estado da Bahia, mas também se posicionando em todas as lutas que visam a garantia da igualdade, justiça social e soberania do Brasil.

Contaremos um pouco mais sobre a história da representação sindical dos petroleiros em outras matérias que serão publicadas em breve.

[Via Sindipetro-BA]