Dallangol cria curso de como roubar R$ 2,5 bilhões da Petrobrás

 

Já no primeiro módulo, os alunos inscritos participam de um networking (encontro para criar contatos comerciais) onde terão a oportunidade de conhecerem grandes empresários, acionistas e diretores do ramo do oil and gas (tudo em inglês para já ajudar no próximo módulo: esquemão com os gringos) além dos juízes e ministros, que ajudarão na fraude dos documentos que serão necessários para o desvio do dinheiro.

Parece brincadeira, mas esta era a intenção do procurador da justiça Danton Dallagnol, desmascarado pela Vaza Jato do The Intercept Brasil. Ele se tornaria empreendedor educacional onde surfaria na onda do “sucesso” da Operação Lava Jato, ensinando suas técnicas infalíveis.

E até onde sabemos, sua técnica foi realizar esquemas junto com a atual direção da Petrobrás. Em março deste ano ele pretendia criar uma fundação de direito privado, com uma verba de R$ 2,5 bilhões extraída de multas pagas pela Petrobras às autoridades norte-americanas (próximo módulo do curso). Orquestrando, assim, um esquema de desvio de dinheiro perfeito. Parece até aquele filme Truque de Mestre, mas é a realidade brasileira.

No mesmo mês, o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, entrou com uma Ação Popular onde cobrava a anulação do “acordo” firmado entre a Petrobrás e o Ministério Público Federal (MPF), no qual os R$ 2,5 bilhões seriam desviados da estatal em favor da entidade e que os procuradores da Lava Jato devolvessem à Petrobrás os R$ 2,5 bilhões depositados em função do “acordo”. Mas dias depois, Dallagnol anunciou o cancelamento do projeto, apenas duas horas antes da PGR Raquel Dodge entrar no Supremo, com uma ação de descumprimento de preceitos fundamentais.

Esta foi uma pequena ementa do curso de fraude e corrupção. No próximo texto falaremos mais sobre o curso de como ir com sua família de graça ao Parque Aquático.

[FUP]