Gerências da Petrobrás pressionam trabalhadores a aderirem ao PDV e PDA

 

A direção da Petrobrás está empenhada em fazer com que os trabalhadores peçam demissão da Petrobrás, seja através do PDV (Programa de Demissão Voluntária) ou PDA (Programa de Demissão Acordada). Para isso vale tudo, até pressão e assédio moral.

Há vários casos de trabalhadores que estão sendo procurados por gerentes e “convidados” a aderir aos Programas. Na unidade de Exploração e Produção (E&P), por exemplo, os trabalhadores das bases operacionais dos ativos sul e norte, que já estão aposentados pelo INSS ou aqueles que já têm idade para se aposentar, relatam pressões e ameaças de serem enquadrados no PDA se resistirem a aderir ao PDV.

Há relatos também, em outras unidades, de trabalhadores jovens que estão sofrendo pressão para aderir ao PDA. Visando a privatização da empresa, a prática de muitos gerentes é a seguinte: “com o novo formato da Petrobrás (preparação para a privatização) não temos interesse em seu trabalho, então, sugerimos que você faça a adesão ao PDA”. Se o trabalhador se recusar ele é transferido para outro estado, geralmente para locais distantes, o que em muitos casos, deixa o funcionário sem opção, pois muitos têm família e uma vida financeira e social organizada no seu estado de origem.

Para surpresa do Sindipetro-BA, muitos gerentes que estão usando essa tática de terror já estão aposentados pelo INSS ou já têm idade para se aposentar.
Em relação ao PDV, a orientação do Sindipetro é que os trabalhadores não façam adesão imediata ao programa, que devem aguardar para ter certeza de que não haverá prejuízos

PDA

A demissão acordada foi estabelecida pela reforma trabalhista e permite que a demissão possa ser feita de comum acordo e proposta por qualquer uma das partes. Mas quem optar por essa demissão terá seus direitos reduzidos, só receberá metade da multa de 40% e apenas 80% do saldo do FTGS, além de outras reduções.

Portanto, a orientação do Sindipetro é que os trabalhadores não cedam às pressões e não façam adesão ao PDA, por ser muito prejudicial.
A FUP e o Sindipetro Bahia estão discutindo em mesa de negociação, o assédio moral que está sendo feito aos trabalhadores. Qualquer dúvida ou se você se sentir pressionado procure o sindicato.

[Via Sindipetro Bahia]