Sindicalista petroleiro é advertido após questionar diretor da Petrobrás

Há cerca de duas semanas, Nelson Silva, executivo oriundo do Grupo BG, que ocupa uma cadeira na direção da Petrobrás, esteve na Recap para proferir mais uma “palestra” com os funcionários. Segundo pessoas presentes ao encontro, nenhuma novidade foi informada. 
Um dos participantes, o diretor de base do Sindicato, Renato Felippe, pediu a palavra e questionou o executivo em alguns pontos de sua fala, buscando explicações para a venda de refinarias, o PCR e a alteração do estatuto da Transpetro – temas que aparentemente irritaram o palestrante.
Renato continuou indagando o executivo-palestrante, que visivelmente se irritou com os questionamentos, a ponto de dizer que o dirigente do Sindicato deveria “ir estudar” quando lhe foi feita uma pergunta sobre o mercado financeiro.

 Código de Ética é para todos

Dias após, Renato Felippe foi notificado que receberia uma advertência com base nos artigos 4.1.3, 4.1.7 e 4.1.13 do Código de Conduta e do artigo 3.2 do Código de Ética.
Ao saber do procedimento da empresa, a direção do Unificado e da FUP procuraram a gerência da Recap e o RH da Petrobrás para questionar a advertência e buscar formas de reverter a situação. No entanto, em nenhuma das duas instâncias obteve sucesso. 
Parece que é mais uma tentativa de intimidar um dirigente sindical do que uma advertência por algum excesso que teria sido cometido. No entanto, caso a empresa mantenha a decisão, teria de igualmente advertir Nelson Silva, que ao retrucar as perguntas agiu de maneira a constranger um funcionário hierarquicamente inferior, deu-lhe as costas enquanto conversavam e o mandou estudar. “O Código de Ética da empresa é claro, ele abrange a todos os funcionários e membros da cúpula da Petrobrás; se na visão da empresa, o Renato foi descortês, o Nelson também foi, pau que bate em Chico, bate em Francisco; nesse caso, o executivo também deveria ser advertido, senão se configura perseguição e tentativa de constrangimento”, argumenta a diretora do Unificado e da FUP, Cibele Vieira.   

Autoritarismo

Não se sabe de onde partiu a exigência para que o dirigente sindical fosse punido, mas tais atitudes, frutos de melindres pessoais, não ajudam na convivência e demonstram o espírito autoritário de um executivo vindo da iniciativa privada, que age como alguém que não pode ser questionado.     
Essa é uma amostra do tipo de relacionamento que pode prosperar em uma Petrobrás privada, apartada entre os soberanos acima de qualquer questionamento e mortais funcionários que devem sempre abaixar a cabeça.

[Via Sindipetro Unificado de São Paulo]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dias após, Renato Felippe foi notificado que receberia uma advertência com base nos artigos 4.1.3, 4.1.7 e 4.1.13 do Código de Conduta e do artigo 3.2 do Código de Ética.
Ao saber do procedimento da empresa, a direção do Unificado e da FUP procuraram a gerência da Recap e o RH da Petrobrás para questionar a advertência e buscar formas de reverter a situação. No entanto, em nenhuma das duas instâncias obteve sucesso. 
Parece que é mais uma tentativa de intimidar um dirigente sindical do que uma advertência por algum excesso que teria sido cometido. No entanto, caso a empresa mantenha a decisão, teria de igualmente advertir Nelson Silva, que ao retrucar as perguntas agiu de maneira a constranger um funcionário hierarquicamente inferior, deu-lhe as costas enquanto conversavam e o mandou estudar. “O Código de Ética da empresa é claro, ele abrange a todos os funcionários e membros da cúpula da Petrobrás; se na visão da empresa, o Renato foi descortês, o Nelson também foi, pau que bate em Chico, bate em Francisco; nesse caso, o executivo também deveria ser advertido, senão se configura perseguição e tentativa de constrangimento”, argumenta a diretora do Unificado e da FUP, Cibele Vieira.   

Autoritarismo
Não se sabe de onde partiu a exigência para que o dirigente sindical fosse punido, mas tais atitudes, frutos de melindres pessoais, não ajudam na convivência e demonstram o espírito autoritário de um executivo vindo da iniciativa privada, que age como alguém que não pode ser questionado.     
Essa é uma amostra do tipo de relacionamento que pode prosperar em uma Petrobrás privada, apartada entre os soberanos acima de qualquer questionamento e mortais funcionários que devem sempre abaixar a cabeça.