Petroleiros estarão presentes no Fórum Social Mundial, em Salvador

A cidade estará mobilizada para receber as diversas atividades que serão realizadas no campus Ondina da Universidade Federal da Bahia, no Parque do Abaeté, em Itapuã, no Parque São Bartolomeu, no subúrbio, e em vários outros locais da capital.

O FSM 2018 foi organizado para contribuir e ampliar a mobilização e a articulação das resistências entre si, com eixos temáticos eleitos em consultas nacionais e internacionais, entre eles “Comunicação e Mídia Livre”, “Migrações” e “Vidas Negras Importam”. As inscrições para coletivos e organizações pode ser feita até o dia 10 de março no site www.fsm2018.org.  

Como em todas as edições do Fórum, a FUP e seus sindicatos estarão presentes e participarão de uma mesa de debates sobre o tema petróleo e soberania, que será realizada no dia 16 de março, em parceria com a Plataforma Operária e Camponesa de Energia.

Histórico

O Fórum Social Mundial nasceu em 2001 por iniciativa de organizações e movimentos sociais que, a partir de uma proposta inicial, se auto-convocaram e mobilizaram para um grande encontro em Porto Alegre, em contraposição ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial, que ocorria ao mesmo tempo em Davos, na Suiça.

Os acontecimentos mundiais que sucederam ao primeiro FSM chocaram-se com os anseios de paz da humanidade. No mesmo ano 2001 vieram abaixo as Torres Gêmeas. 

E em nome de combater o terrorismo, o Ocidente capitaneado pelos EUA passou a justificar novas guerras e semear novas formas de terror, a estigmatizar povos inteiros por suas etnias e culturas e a perseguir violentamente os imigrantes. Armou-se sem hesitar para combater justamente a diversidade que o FSM nasceu para celebrar.

Contra tudo isso, as lutas reunidas no FSM conseguiram impulsionar mudanças e apontar caminhos. hoje seriamente ameaçados. Na América Latina, em especial, foram possíveis experiências mais democráticas, de ascensão de forças populares, de indígenas e trabalhadores, ou mais progressistas, aos governos. E contra as quais também se organizaram todas as forças conservadoras.

Com as primeiras edições em Porto Alegre (2001, 2002, 2003 e 2005), o FSM percorreu o mundo com encontros em Mumbai, Caracas, Karashi, Bamako, Nairobi, Belém, Dacar, Tunis e Montreal. Além de edições temáticas, regionais, continentais.

Ao norte da África, a construção de duas edições mundiais foi parte dos acontecimentos da chamada Primavera Árabe. No Canadá, teve pela primeira vez sua realização em um país do norte, com forte protagonismo da juventude.

O FSM volta ao Brasil após uma fase de intensos debates sobre o futuro das lutas sociais e do próprio processo FSM, com a perspectiva de servir aos movimentos de resistência contra o avanço das forças neoliberais e suas investidas contra as jovens democracias na América Latina.

Com informações do Vermelho